A utilização de copilotos, as soluções baseadas em inteligência artificial generativa para ajudar profissionais em suas tarefas, é uma adoção natural no mercado financeiro. É o que acredita o diretor executivo de produtos do BS2, Rodrigo Moreira.

Durante o MobiFinance 2023, evento promovido por Mobile Time nesta quarta-feira, 18, o executivo estimou que o ajudante é uma tecnologia que veio para ficar, em especial no atendimento ao cliente. Em sua visão, o copiloto com IA generativa é uma aplicação que será usada com mais afinco, pois as pessoas enxergam valor nela.

Um exemplo de empresa que utiliza o copiloto é o Banco Pan. Samir Migliani, CDO da instituição financeira, explica que a solução está sendo usada em sua área de atendimento.

Outros usos

Além do copiloto, Migliani citou o uso da IA generativa em produção de conteúdo, como criar uma versão mirim da atriz Bruna Marquezine, produzir textos para blog e desenvolver códigos. No Bradesco, Rafael Cavalcanti, superintendente executivo de inteligência de dados do banco, citou dois casos de uso em curso: leitura de atas do Copom, que trouxe mais agilidade nas áreas de backoffice; e estruturar a base de dados de open finance para responder dúvidas dos funcionários do banco.

“Essa solução com open finance está funcionando. E fomos bem motivados, pois os executivos faziam perguntas bem exóticas. No lugar de perguntar, achamos que era mais eficiente usar a IA generativa, que responde a partir da nossa base de dados”, disse Cavalcanti.

Moreira, do BS2, também citou dois casos de uso em curso no banco. A utilização de computer vision e IA generativa para analisar e gerar informação de balanço automaticamente. Isso diminuiu a necessidade do “planilheiro”, aquele profissional que tabula informações de relatórios financeiros. E a outra aplicação com IA generativa é o preenchimento automático de alguns relatórios de compliance.

Nem tudo vai com IA generativa

O diretor de produto do banco B2B ressaltou que, no momento, a IA generativa com dados públicos é mais tranquila. Mas vê perigo na utilização usando dados privados e sigilosos de clientes. Um exemplo citado é o uso da tecnologia para analisar liberação de crédito para clientes de pequenas empresas.

“Em crédito para pequenas empresas é necessário processar em larga escala dados estruturados ou buscar dados estruturados para modelar e conceder crédito em larga escala. Portanto, o ideal é usar modelos de IA convencionais”, disse Moreira. “São modelos que usamos hoje, existem há 50 anos, mas estão evoluindo pela capacidade”, completou.

 

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