Gov.br

A plataforma Gov.br (Android, iOS) oferece mais de 4,8 mil serviços digitais, possui 117 milhões de brasileiros cadastrados e tem 30 milhões de acessos ao mês. Entre as facilidades, está o fato de que, com uma única senha, o usuário pode usufruir de todos esses serviços. Ou melhor, quase todos. Para que a autenticação do cidadão seja a mais precisa possível, a ferramenta do governo federal faz uma divisão entre as pessoas cadastradas de acordo com o tipo de autenticação que é feita. São elas: bronze, prata e ouro. Quanto melhor for o nível de identificação da pessoa, ou seja, quanto mais dados de autenticação ela oferecer, mais serviços ela terá acesso.

Aquelas pessoas que estão na categoria bronze responderam a perguntas básicas, que estão no banco de dados biográficos, como: nome da mãe, data de nascimento, informações sobre a vida previdenciária, última empresa para a qual trabalhou, entre outros dados que, em tese, apenas aquela pessoa saberia responder.

Já a categoria prata envolve o balcão físico. Ou seja, o cidadão já passou por um processo de identificação no banco de dados e no presencial.

Quem é ouro além de passar por todas as questões e situações acima, a base de dados também precisa verificar as identidades biométricas.

No momento, o Gov.br possui 98 milhões de usuários bronze, 9,2 milhões de prata e 9,6 milhões de ouro. “É preciso lembrar que até o meio do ano passado estávamos no zero. 99% eram bronze porque a autenticação digital chegou em agosto de 2020. Mas estamos num processo de reverter os números. Mais de 70% das contas novas já são prata e ouro”, explica Luiz Luiz Carlos Miyadaira Ribeiro Jr., diretor do Departamento de Serviços Públicos Digitais, da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, e que faz parte do Ministério da Economia durante sua participação no Mobi-ID, evento promovido por Mobile Time nesta quinta-feira, 18.

Alexandre Ávila, superintendente de relacionamento com cliente de governo, Serpro, conta que o Gov.br é visto internamente como um grande marketplace para o cidadão, que, por sua vez, é visto como um consumidor dos serviços disponíveis. Não à toa, existe uma intensa busca por melhoria na UX “como se estivéssemos vendendo um produto”, resume.

Não à toa, está em estudo o desenvolvimento de um produto para oferecer à iniciativa privada para que empresas pudessem ter, de alguma maneira, acesso à base de dados para que façam autenticações. “Estamos pretendendo lançar para o ano que vem um produto e entendemos que ele tem um grande apelo. O mercado privado não pergunta o preço. Eles querem fazer o onboarding. Querem ter acesso a isso, não importa o preço porque traz segurança”, explica.

“Nós priorizamos os serviços públicos enquanto criávamos a plataforma, Esperamos ela ganhar maturidade de infraestrutura e legal para entrarmos na iniciativa privada”, resume Luiz Miyadaira.

 

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