Em breve o brasileiro poderá experimentar pagar com Pix através de reconhecimento facial. A startup catarinense Payface, desenvolvedora de uma solução de pagamento com o rosto, pretende se tornar uma iniciadora de pagamentos, dentro da fase 3 do open banking, e instalar a solução no e-commerce brasileiro.
“Estamos no caminho para nos tornarmos um iniciador de pagamento. Na fase 3 do open banking, poderemos fazer transações com quaisquer tipos de arranjos”, disse Eládio Isoppo, CEO da Payface, durante sua apresentação no Mobi-ID, seminário dedicado ao universo da identificação e da autenticação digitais promovido por Mobile Time nesta quinta-feira, 18.
POS digital
Isoppo também comentou que muito em breve máquinas de POS com câmeras entrarão no mercado brasileiro com força. Quando isso efetivamente acontecer, a Payface estará pronta para fazer a integração do seu sistema e oferecer pagamento com reconhecimento facial via máquinas de cartão. Isso dependerá, contudo, de acordos comerciais com redes de adquirência.
Esses equipamentos já estão disponíveis e começam a ficar mais baratos. Segundo o CEO da Payface, os preços, que antes tinham uma diferença de US$ 40 para as outras máquinas, agora estão mais competitivos, com uma diferença de cerca de US$ 8, o que começa a viabilizar seu uso e sua adesão.
Atualmente, com supermercados, a Payface atua como um gateway de pagamento. Quando começar a oferecer pagamento com biometria facial em máquinas de POS Android, o modelo muda e a empresa será uma parceira da adquirente. “Seremos uma espécie de wallet. Ela (a adquirente) participa do arranjo de pagamento no qual a bandeira faz o intercâmbio. Nós faremos parte do arranjo de pagamento como faz uma carteira”, resumiu Isoppo.