A Surf Telecom começou a instalar antenas da sua rede móvel própria em São Paulo, que vai operar na frequência de 2,5 GHz. Ao todo, serão 20 mil ERBs instaladas até o final de 2020, com um investimento de aproximadamente US$ 40 milhões.

A implementação da rede está começando pela periferia de São Paulo. A ideia é oferecer o serviço de banda larga fixa sem fio, com tecnologia 4G (LTE cat 5) e velocidades comerciais entre 100 Mbps e 150 Mbps, em áreas subatendidas ou não atendidas por Internet com fio (cabo ou ADSL). A oferta ao consumidor final não será feita pela Surf, mas pelas operadoras móveis virtuais (MVNOs) que utilizam a sua estrutura. A entrada em operação é esperada para o final do primeiro trimestre de 2019, começando por Mauá e Diadema.

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Instalação de uma das primeiras antenas da Surf Telecom, na periferia de São Paulo

“Antigamente uma BTS custava US$ 500 mil, hoje custa US$ 20 mil. Isso significa que investiremos cerca de US$ 40 milhões. Dentro de dois ou três anos teremos o retorno sobre o capital investido”, diz Yon Moreira, CEO da Surf Telecom. O executivo lembra que não terá o custo de construção de torres, pois usará aquelas da American Tower e da Phoenix. E tampouco terá o custo de aquisição de clientes, tarefa que ficará a cargo das MVNOs.

Vale destacar que continua valendo o acordo de utilização da rede da TIM em todo o Brasil pelas operadoras virtuais ligadas à Surf.

Meio milhão de chips

Hoje a Surf atende a oito MVNOs: Algar Telecom, Century Link, Correios, Eseye, GoAudax, GospelCel, Magazina Luiza e Veek. Juntas elas somam mais de meio milhão de chips vendidos. E novas MVNOs virão em 2019.

“A Surf é a maior fábrica de MVNOs da América Latina”, diz. “Somos a número 1 em adições líquidas de pré-pagos no Brasil desde o ano passado”, acrescenta Yon.

Agora, com a construção da rede própria em São Paulo, ele entende que a Surf deixa de ser apenas uma MVNE (Mobile Virtual Network Enabler) e passa a ser uma operadora de pequeno porte. Vale lembrar que a empresa conta também com licença de STFC e tem pontos de presença (POP) nos 67 códigos nacionais de numeração (CNs) do País, além de filiais em todos os estados. “Tirando as quatro grandes operadoras, nenhuma outra tem isso”, afirma.

 

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