O estado do Rio de Janeiro possui 469 startups. A concentração está na capital fluminense, com 85,7% delas, ou 402. Entre 2011 e 2019, apareceram 389 startups. Os números são do Distrito RioTech Report, levantamento realizado pelo Distrito que contou com o apoio da consultoria KPMG e da Fábrica de Startups, aceleradora corporativa portuguesa, com hub no Rio.
Dos 32 setores mapeados, dois se destacam: educação e fintechs, com 56 em cada uma das categorias, ou 11,9% de todas as startups do estado. Em seguida, está indústria 4.0 (9,6%), healthtechs (8,5%).
Depois do Rio, a segunda cidade com maior concentração de startups no estado é Niterói, com 5,5% das empresas, ou 26. Volta Redonda conta com apenas nove (1,9%) e está na terceira posição. E Macaé tem apenas 0,9% das startups da região, ou quatro.
Dentro do Rio de Janeiro, a região do Centro tem 25% das startups instaladas. Barra da Tijuca segue em segundo, com 17,6%.
De acordo com o estudo, as startups fluminenses empregam 10 mil pessoas apesar de 80% das empresas terem menos de 20 funcionários.
Entre as empresas estudadas, o relatório constatou que 3% delas possuem faturamento presumido de mais de R$ 50 milhões, sendo que elas têm mais de seis anos de vida. E 70% das startups analisadas não chegam a um faturamento maior do que R$ 5 milhões.
O estudo também mapeou o tipo de solução que as startups oferecem. No estado fluminense, 53,9% delas são B2B. Empresas com propostas que visam atender ao consumidor final, ou soluções B2C, compõem 30,1% desse ecossistema. As demais ou mesclam os dois públicos – 9% são B2B e B2C e 6,4% são B2B2C —, ou são B2G (0,6%), ou seja, atendem ao governo.
Vale lembrar que, apesar de ter aumentado seu Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb), o estado do Rio de Janeiro não atingiu as três últimas metas analisadas, ou seja, de 2013, 2015 e 2017. Startups do setor de educação parecem ser relevantes para a região. Em outros estudos da Distrito, como o Distrito Santa Catarina Tech e Distrito Paraná Tech, as startups de educação não tinham expressividade, representando apenas 4,3% e 7% respectivamente das empresas estudadas.
O RioTech Report também destaca algumas startups de acordo com o número de funcionários, faturamento presumido, investimentos captados e métricas das mídias sociais. São elas: DesComplica, Passei Direto, Ubook, Vtex, Biz, Nibo, Zoop, Hotel Urbano, Volanty e Zoom.
Já aquelas com futuro, que apresentam um ritmo importante de crescimento – a partir de aportes e da visibilidade nas mídias sociais – são: Voa Educação, Árvore Educação, Em Casa, Pluga.co, BitCoin Trade, Big Data Corp, Chefs Club, Beep, Nutre Bem, Orbita, Rio Analytics, Clubinho de Ofertas, Eqseed e Gyra.
