A Adobe anunciou que não seguirá com a compra da Figma. A operação valia US$ 20 bilhões em dinheiro e ações e tinha o aval dos dois lados, mas as empresas decidiram cancelar a operação com receio da regulação.
Adobe e Figma afirmaram em nota que não teriam aval para a transação por parte da Comissão Europeia e da Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido (CMA).
A Figma é uma empresa que oferece uma plataforma de design de forma colaborativa pela web e, em teoria, concorre direto com o principal software da Adobe, o Photoshop. Na Adobe, a companhia seria adicionada à sua nuvem de serviços, a Adobe Experience Cloud.
Na última quinta-feira, 14, as partes deram um posicionamento contrário à visão de 13 de julho da CMA que apontou problemas na aquisição, como o fim da competição e redução da inovação. Ou seja, haveria risco de um possível monopólio da Adobe no segmento de edição de imagem e ilustração.
A CMA sugeriu uma série de remédios, como a redução dos portfólios de produtos. Mas as empresas não aceitaram as medidas do regulador e deixaram o negócio de lado.
O CEO da Adobe, Shantanu Narayen, e o CEO e cofundador da Figma, Dylan Field, teceram críticas aos reguladores. Narayen afirmou que discorda veementemente das análises dos reguladores e por isso as duas empresas seguirão caminhos independentes. Por sua vez, Field disse que embora tenha visto apenas méritos no negócio, os reguladores não veem da mesma forma.