DP7, Bluespot, NewAd, Fingertips, Finggers, MobiMídia, Monster Juice, Microways, NewAd, Minucom, Hands e Aorta: nada menos que 12 empresas nacionais se associaram ou foram adquiridas pelo Grupo.Mobi desde a sua fundação em 2007. A mais recente foi a Aorta, que era até então sua maior concorrente direta no mercado brasileiro de desenvolvimento de conteúdo móvel e cuja compra foi anunciada na última sexta-feira, 13. Agora, o Grupo.Mobi planeja se expandir pela América Latina, principalmente na área de mídia, visando a criação de uma adnetwork móvel continental. "A América Latina é a última fronteira das mobile adnetworks", justifica o CEO do Grupo.Mobi, Leo Xavier, em entrevista para MOBILE TIME. Seguindo o processo de expansão, a empresa está de olho em start-ups brasileiras, que poderiam ser incubadas no grupo. Leia abaixo a íntegra da entrevista.

Mobile Time – Até onde vai o apetite do Grupo.Mobi por aquisições?

Leo Xavier – Trouxemos os principais players do mercado para dentro do grupo. E queremos trazer mais start ups. Há muitos jovens empreendedores com bons produtos por aí, mas sem uma empresa estruturada por trás para dar suporte. Podemos propor uma associação com algumas start ups ou mesmo incubá-las dentro do Grupo.Mobi.

E os planos de expansão internacional?

Na vertical de mídia queremos avançar pela América Latina através de aquisições ou associações. A América Latina é a última fronteira das mobile adnetworks. A Europa, a Ásia e a América do Norte já têm as suas redes. Falta uma aqui. Um segundo passo será partir para outros mercados fora da América Latina. Temos uma parceria com a Addictive, em Londres, com a qual conquistamos clientes importantes. O mais recente é a empresa de eventos Reed. Vencemos uma concorrência global para produzir os sites e os apps dos eventos da Reed através de uma plataforma única, cujo atendimento está sendo feito a partir de Londres. Nos próximos quatro anos temos espaço para imprimir nossa marca de mobilidade fora do Brasil. Podemos construir uma multinacional brasileira realmente forte em mobilidade, tal como já fizeram Spring Wireless e Movile.

De todas as áreas em que atuam, qual é aquela que vem crescendo mais?

O que explodiu em 2011 foi sem dúvida a área de desenvolvimento. As marcas precisam de presença em mobilidade. E a área de mídia crescerá a reboque dessa presença móvel.

Como será a integração entre a Aorta, a Hands e o Grupo.Mobi?

Preservaremos as diferenças culturais entre as empresas. E manteremos inicialmente as marcas Hands e Aorta. Mas centralizaremos na holding o back office – finanças, contabilidade, planejamento e comercialização.

O Grupo.Mobi é controlado pela RBS. Qual a importância estratégica de ter como sócio um grupo de mídia?

A RBS é um sócio leal e que compartilha da nossa visão de crescimento. Além disso, a RBS confia na nossa gestão e contribui com sua visão de negócios. E nos endossam junto ao mercado publicitário.

Como você enxerga o papel do Grupo.Mobi dentro do mercado brasileiro de mobilidade e frente aos seus concorrentes?

É legal pensar que somos contemporâneos de companhias nacionais como Movile, Spring Wireless e Takenet. Não competimos frontalmente e todos nós caminhamos para a internacionalização.

Para obter sucesso nessa internacionalização não faria sentido unir forças com outras empresas brasileiras de mobilidade que estejam traçando o mesmo caminho?

Acho que sim, faria sentido. Não descarto essas associações. Se os brasileiros já fizeram isso nos mercados de cerveja e de carne, por que não fazer em mobilidade? Mas não há nenhuma negociação em andamento.

 

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