Pictastik é o nome de uma nova rede social de fotos para celular criada por brasileiros e que será lançada em março, inicialmente para iOS. Trata-se de um misto entre Instagram e Trip Advisor, como define um de seus fundadores, o jovem empreendedor Pedro Henrique Marques, de Brasília: "É uma espécie de ferramenta de recomendação visual". A primeira versão será toda em inglês e a divulgação do app se concentrará entre jovens dos EUA. "Vamos focar lá porque é um mercado que dita tendências", explica Marques. A intenção, no longo prazo, é construir uma rede social de alcance global.
No Pictastik as fotos são agrupadas por cidade e, abaixo disso, por categorias (entretenimento, restaurantes etc). Ao abrir o aplicativo, a primeira tela mostra seis fotos de três cidades. A primeira cidade é sempre aquela que tiver fotos mais recentes, o que proporciona um dinamismo ao app. A busca de imagens pode ser feita por cidade, por categoria, por usuário ou por popularidade. As imagens postadas precisam necessariamente ser tiradas na hora: o app não aceita a publicação de fotos guardadas na memória. O objetivo é captar fotos em tempo real, o que permite outra funcionalidade do Pictastik: navegar pelas imagens mais recentes tiradas em cada cidade do mundo. "Se eu procurar por fotos de Nova Iorque às 9 da manhã de lá, vou ver fotos de dia, de gente andando no parque ou tomando café da manhã. Se, em seguida, trocar para Sidney, verei fotos de gente na balada", exemplifica Marques. Além disso, toda foto publicada precisa ser classificada em uma categoria pelo usuário, para facilitar a busca de terceiros.
Tal como o Instagram, no Pictastik há alguns filtros (seis ao todo) de efeito para aplicação nas imagens. E há espaço para a inclusão de legendas, hashtags e comentários. É possível seguir usuários, mas todas as imagens são públicas. "Queremos estimular fotos de coisas e de lugares, não fotos pessoais", explica o executivo. A cada foto publicada é possível fazer o "check in" no local onde foi tirada, graças ao uso de uma API do Foursquare. O app cria automaticamente álbuns para cada cidade onde o usuário clica suas fotos, usando a informação fornecida pelo GPS do celular.
Após o lançamento da primeira versão, que será submetida dentro de três semanas à App Store, estuda-se a inclusão de uma funcionalidade de coleção de fotos, em que o usuário poderá guardar imagens que lhe interessam, sejam suas ou de terceiros, agrupadas por temas por ele criados.
Um dado interessante: o desenvolvimento do app foi inicialmente terceirizado para programadores indianos, mas após enfrentar uma série de dificuldades técnicas com os parceiros Marques optou por concluir o trabalho no Brasil convidando desenvolvedores nacionais para serem seus sócios.
Modelo de negócios
O app será gratuito. Em uma primeira fase, o objetivo é conquistar uma massa de usuários, entre 50 e 100 mil, através da divulgação em meios digitais, usando plataformas como a recém-lançada Virool, de promoção de vídeos, e a Flurry, para geração de downloads. Depois disso, a ideia é tentar explorar ações de marketing dentro do app, na forma de games. "Poderíamos enviar uma notificação em push anunciando uma promoção do tipo: tire cinco fotos na Starbucks e ganhe um desconto na compra de um café", exemplifica Marques.
Por enquanto a empresa não procura novos investidores. "Só vamos procurar investidores quando tivermos muita necessidade. Não quero pegar dinheiro sem nenhum aconselhamento junto. E não queremos neste momento depender de um investidor. Talvez faça sentido mais tarde, para ganhar escala global", analisa.
Quem quiser conhecer mais sobre o app, pode acessar sua página oficial.