A base mundial de smartphones aumentará 56% em cinco anos, passando de 4,3 bilhões em 2017 para 6,7 bilhões em 2022, projeta a Cisco na nova edição do seu estudo Visual Networking Index. Nesse mesmo intervalo, o consumo médio de dados por mês de cada smartphone saltará de 2 GB para 11 GB, um aumento de mais de cinco vezes. O tráfego total por mês gerado por smartphone no mundo passará de 10,1 Exabytes para 72 exabytes entre 2017 e 2022. E a participação dos smartphones no tráfego móvel global passará de 88% para 93% no referido intervalo.
Ao mesmo tempo, a base mundial de usuários móveis chegará a 5,7 bilhões em 2022, ante 5 bilhões em 2017. A proporção da população mundial com acesso à telefonia móvel passará de 66% para 71% nesse intervalo. E o total de conexões móveis no mundo subirá de 8,6 bilhões para 12,3 bilhões nesse período, média de 1,5 por pessoa. Este número inclui smartphones, tablets, laptops conectados à rede móvel e dispositivos de Internet das Coisas também ligados às redes celulares.
A velocidade média da conexão móvel no mundo aumentará de maneira significativa em cinco anos, passando de 8,7 Mbps para 28,5 Mbps. Esse crescimento será decorrente da popularização do 4G, cuja participação sobre o total de conexões móveis passará de 35% para 54%. Além disso, as redes 5G representarão 3,4% da base mundial – hoje não são nem 1%.
A popularização de aplicações de streaming de vídeo também contribui para o aumento do consumo de dados móveis. A participação de vídeos sobre o tráfego móvel mundial será de 79% em 2022. Em 2017 havia sudo de 59%.
Com tudo isso, as redes móveis estão desempenhando um papel cada vez mais relevante na Internet. Se dez anos atrás elas respondiam por 5% do total do tráfego IP, hoje já superam 20%. Nos últimos cinco anos, seu crescimento foi de 17 vezes. Se considerado um intervalo de dez anos, entre 2012 e 2022, a expectativa da Cisco é de que o tráfego de dados móveis aumente 113 vezes.
“Não haverá 113 vezes mais antenas e nem as operadoras serão 113 vezes maiores. De onde vem esse crescimento? Vem da otimização, da tecnologia, da eficiência das redes e dos devices”, comenta Giuseppe Marrara, diretor de políticas públicas e relações governamentais da Cisco no Brasil, em teleconferência com a imprensa nesta terça-feira, 19.