Em 2022, 51% do tráfego de dados móveis brasileiro e 59% do global serão transportados através de redes Wi-Fi. As estimativas fazem parte do Visual Networking Index Mobile (VNI Mobile) apresentado nesta terça-feira, 19, pela Cisco. Em 2017, o offload representou 49% do tráfego móvel doméstico, revelou a nova edição do estudo da fornecedora norte-americana.
Globalmente, o percentual ficou em 54% há dois anos. “Em 2022 não vai ser diferente e [quase] 60% do tráfego móvel vai ser offload. Ou seja, ele não vai estar indo para rede celular, mas diretamente de dispositivos móveis para a rede Wi-Fi”, afirmou o diretor de políticas públicas e relações governamentais da Cisco, Giuseppe Marrara. De acordo com ele, as operadoras vão ter que investir “pesadamente” no offload para redes celulares diante de uma iminente explosão de demanda por dados móveis. “Se não, o custo por bit na rede delas vai ser muito caro”.
Segundo o executivo da Cisco, também já é possível vislumbrar uma interação “diferenciada” entre o Wi-Fi e as futuras redes 5G. “Eles vão interagir de uma maneira única e quase invisível. A capacidade de offload da tecnologia 5G é muito maior”, afirmou. De acordo com projeções contidas no VNI, até 71% do tráfego 5G em 2022 deve ser transitado através de redes Wi-Fi, contra 59% do 4G.
Durante o período até 2022, a Cisco ainda projeta que o número de hotspots e homespots públicos no Brasil deva aumentar até nove vezes, passando de dois milhões de dispositivos Wi-Fi em 2017 para 18 milhões daqui três anos; globalmente, o salto deve ser de 124 milhões para 524 milhões em 2022. Já a velocidade das conexões Wi-Fi no País deve passar de uma média de 9,3 Mbps em 2017 para 16,3 Mbps daqui três anos.
Brasil
48% do tráfego brasileiro em 2022 deve ser transportado através de redes Wi-Fi – seja visando dispositivos “Wi-Fi only” ou aparelhos móveis como smartphones e tablets. Globalmente, a relevância do Wi-Fi será maior e alcançará 51% do tráfego total em 2022, contra 20% das redes móveis e 29% das fixas com fio.