A NLT Telecom está trabalhando em um projeto para combinar redes celulares privativas (RCPs) e redes públicas para Internet das Coisas. De acordo com o CEO da MVNO, André Martins, a demanda surgiu de uma concessionária de energia que precisa de flexibilização na conectividade.
Durante o Fórum de Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Teletime nesta quarta-feira, 19, em São Paulo, o executivo explicou que esse projeto funciona por meio do SIMCard. A ideia é que o cartão de conectividade funcione em rede pública já estabelecida e em uma rede privativa a ser construída, em um modelo que foi batizado como hiperconectividade gerenciada.
No caso desse cliente em energia, a rede privativa poderá ser construída com mais de um fornecedor, pois deve ter versões em mais de um estado. Essa RCP entrará para suprir a parte de sua rede elétrica que precisa ser monitorada e não tem cobertura móvel, o equivalente a 25% de sua área de atuação. Ao mesmo tempo, essa concessionária (cujo o nome não pôde ser divulgado) precisa acompanhar a rede de transmissão em uma área que tem conectividade da rede pública e por isso precisa de um chip SIM que comute e permita contratar redes de acesso diretamente com as operadoras.
“Ou seja, a NLT pode ser um provedor de rede móvel, mas, se o cliente quiser, pode ser um provedor somente do barramento de conectividade, escolhendo a rede de acesso que ele vai operar”, detalhou Martins.
A rede da NLT
Além do projeto com essa concessionária, a MVNO que atua no mercado de Internet das Coisas também tem um projeto similar com o segmento de máquinas de pagamento (POS).
Plugada na Vivo como MNO principal e na TIM por meio da Arqia Datora, a NLT atingiu 1 milhão de acessos em outubro de 2024. Agora, Martins prevê chegar a 1,5 milhão de acessos em breve.
Imagem principal: André Martins, CEO da NLT Telecom (foto: Galeria Marcos Mesquita/Mobile Time)