Como parte de iniciativas do Plano Nacional de Internet das Coisas, a Finep lançou nesta terça-feira, 19, uma linha de crédito no valor total de R$ 1,5 bilhão para iniciativas ligadas à IoT até o final do ano. A maior parte dos recursos (R$ 1,1 bilhão) vem da própria financiadora, enquanto o restante (R$ 400 milhões) virá do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).

Para se encaixar no Finep IoT, as empresas precisam ter como referência o conceito de Internet das Coisas e demais tecnologias para manufatura avançada com aplicações na saúde, indústria, agronegócio e desenvolvimento urbano. Estão aptas a participar empresas com receita operacional bruta anual a partir de R$ 16 milhões, e o valor mínimo das operações é de R$ 5 milhões.

“Desde março passado temos negociado linhas de financiamento, e hoje chegamos ao termo de colaboração que foi assinado com a Finep”, ressaltou o secretário de Políticas Digitais do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Thiago Camargo, durante apresentação no IoT Business Forum. Ele diz não ter expectativa de quantas empresas irão participar, até pelo curto prazo e que foi elaborado. “Esse projeto todo saiu em um mês e meio, e a gente não fez roadshow. O que precisamos é de ajuda da imprensa, das associações, dos eventos para divulgar isso e fazer chegar nas empresas”, declara. Mas lembra que a ideia é atrair projetos maiores. “Estamos falando de empresa grande”, diz.

A ação será dividida em três eixos: desenvolvimento de soluções digitais baseadas em IoT, formulação de planos estratégicos de digitalização de processos produtivos e implantação dos planos estratégicos de digitalização dos processos produtivos.

A financiadora concederá bônus de relevância setorial de 1% ao ano em cima de suas linhas de ação já existentes. A bonificação é cumulativa ao bônus de apresentação de garantias financeiras, o que significa que as empresas podem conseguir empréstimos com taxa de juros de até TJLP-1% a.a., sendo TR+3% a.a. se o projeto tiver foco em telecomunicações. A Finep poderá financiar até 90%, a depender do “grau de inovação”. O prazo de carência é de até 48 meses, enquanto o prazo total pode chegar a 12 anos, de acordo com a “relevância da inovação”.

 

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