[Matéria atualizada em 19/07/24, às 15h50, com informações do PicPay] Uma falha global do sistema da empresa de segurança Crowdstrike em servidores baseados no Windows impactou na queda de vários sistemas de tecnologia ao redor do mundo nesta sexta-feira, 19, inclusive bancos e operadoras no Brasil.

De acordo com a Crowdstrike, houve um problema isolado em uma atualização da solução Falcon Sensor – uma plataforma em nuvem de prevenção de ataques. A empresa ainda descartou a possibilidade de ser um ciberataque.

Por sua vez, a Microsoft disse que a falha aconteceu no serviço de máquinas virtuais da nuvem Azure que também impacta duas regiões de cloud para o Brasil (South e Southwest). Nas Américas, o México era o único local com máquina virtual ativa às 12h36.

Sobre o assunto, o Satya Nadella, CEO da Microsoft disse: “Ontem, a CrowdStrike lançou uma atualização que começou a impactar sistemas de TI globalmente. Estamos cientes deste problema e estamos trabalhando em estreita colaboração com a CrowdStrike e com a indústria para fornecer orientações técnicas e suporte aos clientes, a fim de trazer seus sistemas de volta online de forma segura.”

De acordo com a plataforma Downdetector, os impactos no Brasil aconteceram mais em empresas como bancos e operadoras, como Bradesco, Nubank e Claro. O Mobile Time entrou em contato com algumas dessas companhias para entender como estão suas operações após a falha.

Impactos da Crowdstrike nos bancos

O Banco PAN detalhou que a falha começou na madrugada desta sexta-feira e que o aplicativo do PAN foi impactado por uma “indisponibilidade originada na atualização do software de um de seus fornecedores”, que impactou diversos segmentos. Afirmou ainda que “restabeleceu alguns de seus serviços e continua atuando para a normalização integral das funcionalidades”.

A fintech Neon disse que sofreu instabilidade nesta manhã em decorrência da crise global de tecnologia. Mas o funcionamento dos serviços foi restabelecido e o seu time técnico segue trabalhando para minimizar quaisquer impactos para seus clientes.

O Nubank relatou que seus serviços seguem operando normalmente, mas “o único impacto” até o momento está na “operação dos canais de atendimento ao cliente, levando a um tempo maior do que o habitual nas interações”.

A B3 informou que “nenhum de seus serviços e plataformas de operação foi afetado pela falha técnica” que atingiu diversos setores globalmente. Disseram ainda que os seus sistemas “continuam operando e aptos para pleno funcionamento do mercado”.

O Bradesco foi impactado pelo ocorrido, mas informou a este noticiário que seus “canais digitais voltaram a operar normalmente”, mas reforça que é possível que ocorram eventuais “registros isolados de intermitência. Em breve, todos acessos estarão estáveis”.

O PicPay também informou que foi afetado, registrando instabilidades após a atualização nos serviços da Microsoft nesta manhã, porém “não afetaram os serviços da instituição, que procedem funcionando normalmente.”

Impactos nas operadoras

A Claro detectou o incidente ainda nesta madrugada e “tomou as medidas indicadas pelos fornecedores e não teve impacto significativo”. De acordo com a empresa, as redes não foram afetadas e funcionaram e funcionam normalmente.

Esta reportagem será atualizada

Imagem principal: Arte de Nik Neves para Mobile Time

 

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