O crescente interesse de grandes corporações por aplicações com inteligência artificial generativa faz aumentar a procura por nuvens privadas desenhadas para IA. Essa é uma das tendências atuais observadas pelo managing director da HPE no Brasil, Ricardo Emmerich, e destacadas em conversa recente com Mobile Time.
Uma nuvem privada contribui para a proteção dos dados utilizados no treinamento de modelos customizados de LLMs, e também é necessária muitas vezes para cumprir exigências regulatórias ou requisitos de segurança em determinados setores. Os que mais estão buscando esse tipo de solução atualmente são os setores financeiro, de óleo e gás, e de pesquisa e educação, aponta Emmerich.
O executivo explica que um data center criado com foco em IA tem uma arquitetura diferente, desenhada para tirar o melhor proveito possível de GPUs, usadas para a leitura das matrizes de dados.
Outra tendência destacada por ele é a de adoção de soluções de observabilidade com inteligência artificial. Isso permite não apenas ter mais transparência e enxergar problemas na infraestrutura de TI, mas entender as origens das falhas, a partir da correlação de fatores por meio da IA.
Por fim, Emmerich comenta da necessidade de se atentar para a sustentabilidade e a eficiência dos data centers, já que aplicações de IA generativa consomem muita energia durante seu processamento. Um dos caminhos é que os data centers adotem refrigeração por água, em vez de ar, por ser mais econômica. “Não adianta criar tecnologias novas e botar em data centers velhos”, argumenta.