A quinta geração (5G) de telefonia celular na América Latina deve começar com serviços de missão crítica, especialmente dentro de indústrias, prevê Osvaldo Di Campli, presidente da Nokia para a América Latina, em conversa com Mobile Time. “Na América Latina, serviços de entretenimento em 5G não pagariam as contas. Temos que pensar em casos industriais”, recomendou. Serviços de banda larga fixa sem fio também teriam demanda para complementar as redes cabeadas, acredita o executivo.

Para convencer indústrias a trocarem os cabos dentro das fábricas por redes sem fio é preciso provar que a alta velocidade e a baixa latência do 5G não provocariam perda de performance. Para garantir isso, uma das possibilidades poderia ser a combinação de espectro licenciado com não-licenciado, sugere.

O presidente da Nokia aposta que grandes cidades da região, como São Paulo, Cidade do México e Bogotá, são as principais candidatas a serem as pioneiras no lançamento de redes 5G na América Latina. Mas tudo vai depender da política de liberação de espectro pelos órgãos reguladores dos seus respectivos países, ressalva.

Na concorrida disputa entre os fornecedores de redes 5G, De Campli destaca como vantagem da Nokia o fato de ter um portfólio de produtos fim a fim para a quinta geração, desde o core da rede.

 

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