A Vsoft, em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), está desenvolvendo um meio de identificação do recém-nascido por meio da biometria de sua orelha. De acordo com as pesquisas, o algoritmo seria capaz de reconhecer o bebê por através de uma foto de sua orelha. De acordo com o CTO da Vsoft, Pedro Alves, as pesquisas mostraram que esta é a melhor forma de cadastrar uma biometria nessa fase da vida, sem necessitar tocar no bebê e usando uma câmera de celular de 5MP. O executivo participou da terceira edição do Mobi-ID, evento virtual realizado por Mobile Time nesta quinta-feira, 19.
“A identificação de um bebê é um problema mundial. Logo que uma pessoa nasce, ela precisa de um plano de saúde, de CPF etc. Desde 2018 temos uma norma que obriga a captura da biometria de bebês em hospitais, até para prevenir a troca de recém-nascidos”, explicou o executivo. “Palma da mão e do pé serviriam, mas exigem tecnologias mais caras, um sensor, por exemplo. Não está adequado à realidade dos hospitais no Brasil”, continuou Alves. A vantagem da orelha, segundo o CTO da Vsoft é que o desenho de suas linhas de dentro dela não muda, apenas cresce.
“É uma solução biométrica transitória. Depois, com seis ou sete anos, a criança já poderá fazer a impressão digital ou facial”, disse Pedro Alves.
Por ainda estar na fase de pesquisa, a biometria da orelha precisa de cerca de dois anos para ganhar maturidade e poder entrar no mercado. Para isso, a Vsoft terá que acompanhar os recém-nascidos com a biometria de orelha capturada para garantir que o algoritmo vai acompanhar o crescimento do bebê.
Alves também apresentou em sua participação no Mobi-ID a solução Certify Remote, app que viabiliza o atendimento remoto com verificação biométrica de identidade para prover serviços em plena pandemia do novo coronavírus.