O CEO e fundador do Zapping (Android, iOS), Gustavo Morandé, afirmou que uma das chaves para evitar a pirataria no streaming é oferecer ao usuário uma experiência simples com tecnologia boa. Durante o Streaming Academy, evento organizado pela Associação Brasileiras de OTTs (Abotts) nesta terça-feira, 19, disse que só trazer o argumento da legalidade e do custo não adianta.
Morandé acredita que os serviços de streaming precisam entregar boa qualidade e baixa latência, algo que depende bastante de ter tecnologia própria e não ficar baseado apenas em parceiros e fornecedores. Exemplificou, no caso do Zapping, o código proprietário que traz melhorias em qualidade de imagem, em especial para partidas de futebol ao vivo.
Sergio Mancera, CEO da NxTV/SoPlay (Android, iOS), recordou que a pirataria é um concorrente direto das plataformas de streaming. Também afirmou que acontece principalmente entre os pequenos provedores, inclusive entre aqueles que têm acordos firmados com os OTTs: “Eles (ISPs) contratam o produto legalizado para colocar a bandeira do app, mas por trás oferecem a pirataria”, disse.
André Santi, CMO da Watch Brasil, comentou que o telespectador com acesso pirata aceita ter uma tecnologia ruim, como o delay em uma transmissão ao vivo: “O usuário que compra pirataria aceita ouvir o gol pelo vizinho”, disse.
Imagem principal: Arte de Nik Neves para Mobile Time