A Pitzi fecha 2023 com um crescimento de 30% nas vendas de seguro para smartphone em lojas físicas e 60% no online, em um movimento puxado pelo aumento da presença em canais digitais, como Amazon, Mercado Livre e a loja online da Motorola. De acordo com Marco Garutti, CIO da empresa, há uma “migração nos hábitos de consumo” com o brasileiro indo mais para o e-commerce.
O executivo explicou que são três tendências guiando essa mudança:
- O aumento de roubos de smartphones;
- A melhoria na base de smartphones com o consumidor procurando por produtos mais tecnológicos e de durabilidade;C
- Com smartphones mais caros, aumenta o receio com danos.
Danos e pesquisa
70% das ativações dos sinistros por danos se devem a danificações nas telas. Um levantamento da Pitzi mostra que o conserto de um smartphone com tela quebrada pode sair 40% mais barato com seguro, se comparado como o valor de uma assistência técnica. Um exemplo é o Moto G22, cujo conserto de tela sai por R$ 370 no plano de proteção e R$ 600 na autorizada, uma economia de 38%.
Quando o sinistro é relacionado a roubo ou furto, a economia é de 50%. Novamente usando o Moto G22 como exemplo, a franquia sai por R$ 685,50 contra R$ 1,4 mil do preço de lançamento. Confira a tabela abaixo com todos os comparativos e outros aparelhos da análise:
Handset | Franquia de tela | Valor assistência com tela | Economia |
iPhone 11 | R$ 1,1 mil | R$ 1,4 mil | 24% |
Galaxy A22 | R$ 360 | R$ 442 | 18,5% |
Moto G22 | R$ 370 | R$ 600 | 38% |
Handset | Valor de lançamento | Franquia de roubo | Economia |
Moto G22 | R$ 1,4 mil | R$ 685,50 | 51% |
Galaxy A22 | R$ 1,2 mil | R$ 600 | 50% |
iPhone 11 | R$ 3,8 mil | R$ 1,8 mil | 52% |
Seguro como complemento
O executivo também explica que, com essas mudanças de hábitos, os consumidores não veem mais o seguro para handsets como “um serviço empurrado” na hora da venda, mas como parte complementar da maturidade dos smartphones e da segurança deles no cotidiano de suas vidas. Afirmou ainda que a companhia tem avançado bastante na oferta de seguros para smartphones usados.
Atualmente, o consumidor que mais precisa de seguro são os entregadores e motoristas de carros por aplicativo, em especial pelos danos nos smartphones e porque não podem ficar sem trabalhar. Mas reconhece também que há saltos em momentos de grande aglomeração, como Carnaval e Réveillon.
Ao todo, a companhia tem 3 mil sinistros por mês e 1,5 mil processos de proteções de smartphones.
Fraude
No combate à fraude a companhia tem usado o mecanismo de bloquear o handset direto com o fabricante. Isso inibe os consumidores a fazer autofraude e afasta o receptador de smartphones roubados. Ao todo, a companhia colaborou para tirar de circulação 8 mil dispositivos.