40% dos brasileiros jogam em apostas esportivas online (as bets) ou têm algum apostador dentro de casa. E outros 21% afirmam que já apostaram, mas não o fazem mais. O resultado é de uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) encomendada por Febraban e Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) divulgada nesta quinta-feira, 19.

Feito com 2 mil brasileiros no mês de outubro, o estudo revela que 40% dos brasileiros conhecem alguém (familiares ou pessoas próximas) que fizeram dívidas por conta de apostas e 45% tiveram a qualidade de vida ou familiar impactada por dívidas.

Entre os entrevistados, 40% acreditam que as apostas trazem um ganho financeiro rápido e 11% afirmam que são motivados pela chance de ganhar muito investindo pouco.

O futebol concentra mais da metade das apostas (60%). Os meios de pagamentos usados para jogar são Pix (79%), cartão de crédito (24%), cartão de débito (18%) e transferência bancária (17%).

Regulação das bets

O estudo reforçou que grande parte da população quer ações mais firmes em regulação das plataformas de apostas online de quota fixa, uma vez que dois terços (66%) dos brasileiros querem a proibição de propaganda de bets, em formato similar ao que aconteceu com os cigarros em 2000.

A maioria da população brasileira (59%) deseja que o Governo crie uma regulação e atue no controle das bets.

Além disso, um terço (33%) são contra a legalização de jogos de azar, como cassinos, bingos e jogo do bicho.

No geral, a maioria dos brasileiros (85%) dizem que confiam pouco ou não confiam nas plataformas de apostas e que são contrários às bets (59%). Apenas um quinto (17%) consideram ótimas.

Pesquisa Mobile Time/Opinion Box

Os dados da pesquisa encomendada por Febraban e CNF estão em sintonia com aqueles colhidos em estudo realizado em junho deste ano por Mobile Time/Opinion Box a respeito das bets. Na pesquisa, foram apresentadas seis afirmações sobre os impactos das apostas online: três positivas e três negativas. Os entrevistados tiveram que informar se concordam ou discordam de cada uma, ou se são neutros (nem concordam, nem discordam).

Por exemplo, a maioria dos brasileiros (56%), concordam com a afirmação de que “os apps de apostas esportivas são prejudiciais à sociedade porque viciam e fazem as pessoas perderem dinheiro”. Apenas 13% discordam e outros 31% são neutros. Há diferença por gênero: 60% das mulheres concordam, ante 53% dos homens.

Imagem principal: Arte de Nik Neves para Mobile Time

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!