Uma operação nacional liderada pelas Polícias Civis estaduais resultou na recuperação de 2.606 celulares roubados ou furtados em todo o Brasil. Batizada de Operação Mobile, a iniciativa foi coordenada pelo CONCPC (Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil) e contou com o apoio do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).
A ação, que teve início em novembro deste ano, utilizou um método curioso: mensagens enviadas via WhatsApp intimaram os usuários desses handsets a devolver voluntariamente aparelhos adquiridos de forma irregular. Assim, nesta quinta-feira (19), marcada como o Dia D da operação, os celulares começaram a ser entregues aos seus proprietários.
A Operação Mobile faz parte do trabalho do grupo criado no MJSP para desenvolver o Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares, inspirado em um projeto do estado do Piauí. Durante a operação, 11 estados participaram da aplicação do protótipo do programa: Acre (AC), Alagoas (AL), Amapá (AP), Amazonas (AM), Bahia (BA), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN), Rondônia (RO), Roraima (RR), Sergipe (SE) e Tocantins (TO).
Além de recuperar dispositivos móveis, a operação também tem como objetivo identificar os responsáveis pelos crimes, os receptadores e desestimular o comércio ilegal de celulares no País. A Operação Mobile continuará a ser realizada periodicamente, reforçando a importância de que vítimas de roubo ou furto registrem boletins de ocorrência.
O registro de boletins de ocorrência é essencial para a recuperação dos dispositivos. O número único de identificação dos aparelhos, conhecido como IMEI (International Mobile Equipment Identity), é utilizado para localizar os dispositivos e devolvê-los aos donos.
A ação também alerta sobre os riscos e ilegalidades do comércio de celulares sem nota fiscal, ressaltando que a compra de produtos roubados configura o crime de receptação.