A Deezer (Android, iOS) firmou uma parceria para aplicar um novo modelo de remuneração para artistas com a Sacem, uma empresa especializada em gestão coletiva de direitos de criadores e editoras de música. Mas a companhia informou nesta segunda-feira, 20, que o novo modelo não será utilizado no Brasil por enquanto.
De acordo com a empresa de streaming musical, o serviço funcionará apenas em seu país-sede, a França.
Batizado como sistema de pagamento centrado no artista (ACPS), a solução é apresentada pela Deezer como uma atualização no modelo de remuneração dos direitos autorais em streaming.
Na prática, o ACPS era utilizado desde 2023, mas funcionava apenas para música gravada. Agora, o sistema será aplicado para direitos autorais e buscará recompensar os artistas que mantêm uma base engajada de usuários. O seu arcabouço técnico é constituído da seguinte forma:
- Limitação do impacto individual dos usuários na distribuição dos royalties para promover uma distribuição justa, ou seja, uma parcela maior dos valores que os assinantes pagam vão para os compositores, autores e editoras;
- Duplo pagamento: artistas que tiverem ao menos 1 mil streams mensais de 500 assinantes recebem o dobro por transmissão;
- Limpeza de catálogo; a Deezer se compromete a limpar por um ano conteúdos inativos, ruídos e faixas que não foram ouvidas, ou obras fraudulentas;
- As faixas com sons e ruídos funcionais serão substituídas pelo próprio catálogo da Deezer e não impactam no cálculo de royalties.
Além de melhorar a distribuição da remuneração aos artistas, o ACPS também tem como intuito reduzir comportamentos fraudulentos e levar uma experiência melhor aos internautas.
Imagem principal: Ilustração produzida por Mobile Time com IA