Os primeiros meses após o lançamento de um aplicativo são críticos para o seu sucesso. Esse é o período com o qual os desenvolvedores mais se preocupam. Depois que o app atinge seu auge e começa a perder base mensal de usuários ativos (MAU, na sigla em inglês), pouco é feito para prolongar sua vida útil. Um estudo da Flurry analisou os dados de 26 mil aplicativos que atingiram seu pico de uso no primeiro semestre de 2011, 2012 e 2013 e chegou à conclusão que metade dos apps perdem 50% de sua base mensal de usuários ativos três meses depois de atingirem seu ápice. Aqueles que vivenciam isso, chegam ao décimo mês posterior ao auge com menos de 25% da base que tiveram no pico.
O momento em que um app atinge metade da MAU que teve em seu auge é chamado pela Flurry como sua "meia-vida", aqui traduzido livremente como "meia-idade". Esse marco é atingido mais tarde ou mais cedo dependendo da categoria do app. Aplicativos de notícias levam em média sete meses para chegar à "meia-idade". Aqueles de saúde, de bem-estar e de negócios, levam seis meses. E ferramentas em geral, 5,5 meses. Aqueles com vida mais curta são os games: em dois meses atingem a "meia-idade". Nos apps sociais, isso acontece em três meses, que é a média geral.
Obviamente, quanto mais alto o pico de MAU, maior a demora para chegar à meia-idade. Apps com pico acima de 10 mil usuários levam em média cinco meses, e aqueles abaixo desse patamar, três meses.
Há diferença também entre sistemas operacionais. Em iOS, a meia-idade é alcançada em média quatro meses depois do ápice. No Android, em três.
A Flurry recomenda que os desenvolvedores se empenhem em prolongar a vida útil de seus apps, através de campanhas de engajamento e atualizações, pois isso pode resultar em um ganho significativo de receita, ou melhor, uma desaceleração na perda de receita. Comparando com a vida humana, é como se os desenvolvedores se preocupassem com a saúde apenas até a meia-idade e depois parassem de ir ao médico ou de tomar remédios.