A CCR RioSP, concessionária dos 626 quilômetros de rodovia entre a BR-101 e a Via Dutra, trará para a região metropolitana de São Paulo o sistema de pagamento de pedágio sem cancelas, o Free Flow. Carla Fornasaro, presidente da administradora, confirmou que o serviço chega até o fim do primeiro semestre deste ano.

Ao todo serão 21 pórticos para o sistema de pagamento que envolve o uso de câmeras e inteligência artificial. Os pórticos serão colocados nas entradas e saídas da via expressa entre São Paulo e Arujá. Uma vez que o sistema estiver instalado, o cliente pagará apenas o proporcional ao trecho percorrido na expressa.

O uso nas pistas marginais não é cobrado.

Vale dizer, as entradas e saídas envolvem trechos viários importantes de São Paulo, como a Marginal Tietê e a Avenida Salim Sarah Maluf, o Aeroporto Internacional de Guarulhos (Rodovia Hélio Smidt) e a Rodovia Fernão Dias.

Fornasaro reforçou que a instalação do free flow no trecho metropolitano da Via Dutra é importante para gerenciar o tráfego na região com redução do tempo de deslocamento e viagens. Lembrou ainda que a estrada de 70 anos tem 350 mil carros que passam diariamente ali e responde por 50% do PIB brasileiro, ou seja, “o maior eixo casa-trabalho da América Latina”.

A executiva lembrou ainda que o meio de pagamento para a região metropolitana foi demanda da recente concessão. Nesta nova fase de administração da CCR RioSP (antes era Nova Dutra), a companhia destinou R$ 1,4 bilhão em obras e tecnologia, o que inclui, além do Free Flow, 100% da Via Dutra iluminada e conectada com fibra ótica e LTE, 27 câmeras de monitoramento e outras 203 câmeras de detecção automática de incidentes.

Free Flow na BR-101

free flow; CCR Rio Santos

Novo método de pagamento eletrônico propõe o fim das praças de pedágio com box e cancelas. Foto: divulgação/CCR

Antes de levar a experiência do Free Flow para São Paulo, a concessionária testou o meio de pagamento em um trecho da BR-101 com três pontos próximos ao Rio de Janeiro: quilômetros 538, 447 e 414. Os motivadores para adotar o Free Flow foram seis:

  1. Os deslizamentos na Rio-Santos que dificultam o tráfego nas praças de pedágio;
  2. Um modelo de pedágio sem barreiras que está em sinergia com o plano de evacuação das usinas nucleares de Angra dos Reis;
  3. Eliminação de acidentes na praça de pedágio;
  4. Redução de impacto ambiental e social;
  5. Avanço da regulação para ter um sistema livre de passagem;
  6. Redução de custos de construção e manutenção com praça de pedágio.

Como resultado, o Free Flow na BR-101 já contabilizou 25 milhões de transações desde 2023, tem 92% de adimplência e 63% de tags validadas.

Vale lembrar, o case da CCR Rio-SP concorreu ao Prêmio Seleção Mobile Time em 2024.

Imagem principal: Carla Fornasaro, presidente da CCR RioSP (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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