O Telegram comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma série de medidas que está tomando para combater a desinformação dentro da sua plataforma. Uma delas é o monitoramento dos 100 canais mais populares do País, o que inclui o do presidente Jair Bolsonaro, que conta com mais de 1 milhão de inscritos. Por sinal, neste fim de semana, o Telegram retirou pelo menos um post de Bolsonaro do ar (veja imagem abaixo).
Além disso, o aplicativo vai contratar agências de checagem de fatos, como já fazem outras plataformas, dentre as quais o Facebook. E restringirá a postagem pública de usuários banidos por espalhar desinformação. Também prometeu atualizar seus termos de serviços, promover informações verificadas e acompanhar de perto a mídia brasileira. Ao mesmo tempo, indicou pela primeira vez um representante legal no País: o advogado especializado em privacidade digital Alan Campos Elias Thomaz.
Após essa mudança de postura do Telegram, o ministro do STF Alexandre de Moraes voltou atrás e revogou sua decisão da última sexta-feira, 18, de bloquear o aplicativo no País.
O Telegram é o aplicativo de mensageria que mais cresce no Brasil. Nos últimos 12 meses, aumentou 15 pontos percentuais em penetração sobre a base de smartphones nacionais e agora está instalado em 60% dos aparelhos, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel.