O projeto de conectividade nas escolas promovido pela Unicef com a Investools – empresa carioca especializada em redes blockchain – deve começar no segundo semestre de 2023 no Brasil. David Gibbin, CEO e fundador da companhia, explicou a este noticiário que a ideia é criar um marketplace para ISPs oferecerem conectividade às escolas e receberem em troca um token.
“A ideia é que nós vamos desenvolver um piloto, algum caso. Não será um token de remuneração, mas de incentivo. Em cima das vias normais, entre ISPs e secretarias (estaduais e municipais. Hoje, um provedor não tem interesse de levar essa conectividade. A Unicef ainda entra com mecanismos de incentivo, além do contrato, ele recebe os bônus em forma de tokens”, disse.
A base do projeto foi o Gov.Token da Investools, que é a base do BNDES Token. O projeto da companhia brasileira foi um dos quatro entre 350 inscritos escolhidos dentro do arcabouço do Giga, uma iniciativa da Unicef com ITU para levar conectividade às escolas de todo o mundo. Os outros três selecionados são da África.
Como funciona
Gibbin explicou que a plataforma calcula quanto incentivo o provedor dá para cada escola. Dentro do cálculo considera distância, impacto social e nível de pobreza da região para dar uma quantidade de pontos. O provedor escolhe a escola, entra na plataforma e fecha o contrato. Todo o controle é feito via smart contract que terá blockchain pública a ser definida, ethereum ou polygon.
Após fechado o contrato, o provedor recebe o token por fazer e manter a conexão. Com esse token, o controlador da ISP vai ao marketplace e troca por benefícios, como produtos para sua operação ou até uma inserção em grande mídia: “Esses marketplaces locais poderão ser expandidos para outros locais, o token será facilmente transportado. Mas no começo é só Brasil”, completou.
Expectativas
No primeiro semestre, a ideia da Investools é conversar com os provedores de Internet e secretaria de educação para entender quem pode utilizar o piloto. Ou seja, a empresa pretende conectar uma escola já conectada e provar que a tecnologia funciona e pode ser replicada no resto do País.
FOI
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