|Publicado originalmente no Teletime| A Intel irá investir US$ 100 bilhões na construção e expansão de fábricas em quatro estados americanos ao longo de cinco anos. O anúncio se deu após a fabricante conseguir um acordo preliminar com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos para o acesso de até U$ 20 bilhões em subsídios e incentivos fiscais.
De acordo com a fabricante de chips, o recurso vai apoiar e acelerar o desenvolvimento de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA).
Em nota, a empresa informou que espera receber até U$ 8,5 bilhões em financiamento direto. Esse montante faz parte do programa CHIPS and Science Act. Com o recurso, a Intel irá investir em projetos comerciais de semicondutores nos estados norte-americanos do Arizona, Novo México, Ohio e Oregon. A empresa também se tornou elegível para a captação de até U$ 11 bilhões em empréstimos governamentais.
“A IA está impulsionando a revolução digital e tudo que é digital precisa de semicondutores. O apoio da Lei CHIPS ajudará a garantir que a Intel e os EUA permaneçam na vanguarda da era da IA, à medida que construímos uma cadeia de fornecimento de semicondutores resiliente e sustentável para impulsionar o futuro da nossa nação”, afirmou o CEO da Intel, Pat Gelsinger.
Investimento
De acordo com a Intel, o financiamento proposto pela Lei CHIPS e os planos previamente anunciados pela Intel de investir mais de US$ 100 bilhões nos EUA ao longo de cinco anos representam um dos maiores investimentos público-privados já feitos na indústria de semicondutores.
Além disso, um acordo em andamento com o Departamento do Tesouro dos EUA colocaria a Intel em posição para obter créditos fiscais de até 25% sobre esse investimento planejado de U$ 100 bilhões. A expectativa da fabricante é de que os investimentos criem mais de 30 mil empregos, sendo 20 mil deles relacionados à construção civil. Outros 50 mil empregos indiretos seriam apoiados.
“A estratégia da Intel está centrada em três elementos principais – estabelecer liderança em tecnologia de processos, construir uma cadeia de fornecimento global de semicondutores mais resiliente e sustentável e criar um negócio de fundição de classe mundial – todos alinhados com os objetivos da Lei CHIPS para promover a fabricação de semicondutores e liderança tecnológica nos Estados Unidos”, informou a companhia, em nota.