Na batalha de tarifas entre o governo dos Estados Unidos e a China, a Qualcomm pode ser mais uma empresa de tecnologia atingida no fogo cruzado. Em matéria publicada nesta sexta-feira, 20, o jornal New York Times lembrou que a disputa está atrapalhando a companhia de San Diego a fazer negócios, uma vez que ela transitava com facilidade nos dois mercados.
Depois de perder acesso à ZTE na segunda-feira, 16, empresa que atuava como compradora vendedora de insumos para a Qualcomm, a empresa norte-americana teve a compra da NXP Semiconductors prolongada pelo órgão antitruste chinês. A ação chinesa é uma resposta às ações hostis do presidente Donald Trump, que ameaça tarifar em mais de US$ 150 bilhões produtos oriundos da China. A NXP é uma companhia holandesa que foi comprada pela Qualcomm por US$ 44 bilhões. Em todos os países que envolve a aquisição, a transação foi aprovada, exceto na China.
Para piorar o cenário, a administração Trump avançou com uma regulação na quinta-feira, 19, que pode prejudicar outra parceira da Qualcomm, a Huawei. A nova lei limita atuações de empresas chinesas de venderem produtos de telecomunicação nos Estados Unidos. Com isso, a Huawei pode sair de vez do mercado norte-americano.
Nesta sexta-feira, a ZTE disse ao site Tech Crunch que alertou que as ações de Trump vão causar “impacto em sua sobrevivência”. Além disso, a disputa causará consequências também a empresas dos EUA.
ZTE e Huawei foram acusadas pelo governo dos EUA de espionagem por meio de seus produtos.