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Paulo Kimura, da Take Blip: “É um caminho sem volta o relacionamento entre marcas e consumidores pelo WhatsApp. E o fraudador vai aonde o dinheiro está”

O WhatsApp é o novo alvo preferencial de fraudadores, em razão da sua popularidade e também pelo fato de as empresas terem começado a atuar oficialmente dentro do aplicativo. Para o diretor de segurança da informação e governança de TI da Take Blip, Paulo Kimura, é uma questão de tempo para começarem ataques massivos de golpistas tentando se passar por marcas. Questionado se pode acontecer com o WhatsApp o que já ocorre com o SMS, em que há tentativas em massa de phishing, Kimura não tem a menor dúvida. “É um caminho sem volta o relacionamento entre marcas e consumidores pelo WhatsApp. E o fraudador vai aonde o dinheiro está”, justifica, em conversa com Mobile Time

“Hoje os golpistas tentam se passar por familiares no WhatsApp, mas daqui a pouco teremos massivamente o canal sendo invadido por fraudadores se passando por banco ou financeira grande negociando alguma dívida em nome da instituição. Infelizmente, o criminoso tem a vantagem do anonimato da Internet. Ele consegue fazer os golpes e não deixar rastros. E muitos atuam de dentro da cadeia”, comenta o executivo.

“Precisamos antecipar os movimentos Não podemos olhar a casca de banana lá na frente e lamentar que vamos escorregar. Temos que fortalecer nossas bordas e aplicações com o intuito de dar conforto maior para o usuário final, e garantir pontos de certificação para que ele tenha certeza que está falando a instituição de verdade”, acrescenta.

Pandemia

Para agravar o cenário, o número de ataques cibernéticos aumentou no mundo inteiro nos mais variados canais digitais durante a pandemia. Houve diversos casos de megavazamentos de dados e de sequestro de sistemas (ransomware).

“A pandemia acelerou a atuação dos hackers. Muitas empresas migraram para o homeoffice sem estarem preparadas para isso. Foram criadas VPNs precárias. A segurança da informação foi um tema secundário dentro desse movimento e, como consequência, houve um aumento expressivo de ataques”, analisa.

Take Blip

Kimura foi contratado há poucas semanas pela Take Blip. Até então a empresa tinha uma estrutura de segurança da informação, mas faltava um diretor para gerenciá-la. A área é vista como estratégica para garantir a expansão global da companhia brasileira. “Minha chegada vem para preencher uma lacuna dentro da diretoria da Take Blip por conta da relevância do tema e da governança que a empresa quer adotar diante dos desafios latentes de cibersegurança. A Take Blip transaciona com as maiores empresas do Brasil e elas têm um grau de exigência muito forte”, explica Kimura, que atuou por quase 20 anos na Serasa Experian, tendo sido seu diretor de segurança da informação para a América Latina.

 

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