A implementação do open banking no Brasil vai servir de modelo para outros países na América Latina, aposta o CCO da Veritran, Marcelo Fondacaro, em conversa com Mobile Time. Ele destaca a rapidez do processo no País e o fato de não se restringir aos bancos, razão pela qual pode ser chamado de “open finance”.
“Acho que o Brasil vai ser inspirador e servir como modelo a ser estudado de open finance na América Latina. Outros países saíram antes, mas estão andando devagar. É o caso de Chile e Colômbia, que estão mais lentos e tímidos. Com sua massa de usuários, Brasil está mostrando o caminho a seguir”, analisa.
Ele acrescenta que o País está andando mais rápido até que mercados europeus na implementação do open banking. Por outro lado, a União Europeia tem a vantagem de ter um mercado comum, com uma moeda única, o que a América Latina não tem. “Aqui vai demorar mais para as diferentes iniciativas de open finance se integrarem. Mas vai acontecer de alguma maneira no futuro”, prevê.
Fondacaro acredita que o open finance vai ajudar a democratizar ainda mais os serviços financeiros na região, aumentando a competição, barateando os produtos e facilitando seu acesso.
Novos apps
A chegada do open finance levará diversos players a modernizarem seus aplicativos móveis ou a lançarem novos apps. A Veritran está de olho nesse mercado, pois oferece uma solução de desenvolvimento low-code para apps móveis, principalmente para o setor financeiro. Mais de 50 instituições financeiras que somam cerca de 25 milhões de usuários utilizam apps criados com sua plataforma.
“Nossa tecnologia pode ser usada por empresas de qualquer tamanho, seja banco antigo ou fintech moderna”, afirma. Uma das vantagens é conferir mais velocidade no lançamento de apps e de novas funcionalidades dentro deles. Além dos bancos, outras empresas com serviços financeiros, como redes varejistas, utilizam a plataforma.
Presente no Brasil há menos de um ano, a companhia está negociando com alguns bancos o seu primeiro contrato.