O Brasil se tornou um dos mercados prioritários do Waze, aplicativo de trânsito para iOS e Android cujo conteúdo, desde mapas até alertas sobre engarrafamentos e acidentes, é gerado pelos próprios usuários, como se fosse uma rede social para motoristas. Nos últimos 12 meses, a base de usuários do app no País saltou de 50 mil para 400 mil. Diariamente, 2 mil brasileiros se cadastram na plataforma. "Um mês atrás, era 1 mil por dia", conta o israelense Uri Levine, presidente da Waze, desenvolvedora homônima que criou a plataforma. Sua expectativa é de que o app alcance 1 milhão de usuários no Brasil em dezembro e 3 milhões no fim de 2013. Para se ter uma ideia, o Waze tem atualmente no mundo 20 milhões de usuários. Diante desse crescimento, a companhia decidiu dar mais atenção ao Brasil e Levine veio esta semana a São Paulo promover a aplicação.

O modelo de negócios do Waze é baseado em publicidade georreferenciada em seu app, com anúncios relacionados a trajetos rotineiramente percorridos pelo usuário ou a inclusão de símbolos de estabelecimentos comerciais nos mapas. A publicidade só começa a ser explorada quando um mercado atinge uma massa crítica de usuários, equivalente a aproximadamente entre 3% e 4% da frota total de automóveis. No Brasil, isso deve acontecer no primeiro semestre de 2013, quando o Waze atingir 1,5 milhão de usuários, prevê Levine. Quando isso ocorrer, a empresa precisará de um representante comercial no País para vender o espaço publicitário dentro do app.

O executivo aproveitou a vinda ao Brasil para anunciar a parceria com a Multispectral, uma empresa de mapas digitais. Os mapas das duas companhias no Brasil serão mesclados, aumentando significativamente a cobertura do Waze.

Competição

Levine entende que o posicionamento do Waze é único frente a concorrentes, como Google Maps, TomTom etc. "O Waze é o único app gratuito no Brasil que oferece navegação passo a passo e condições do tráfego em tempo real, além de ser uma rede social", comparou.

Sobre o perfil do usuário brasileiro, disse: "Os motoristas brasileiros comentam muito sobre engarrafamentos. O engajamento aqui está acima da média mundial." E finalizou com o que parecer ser o lema da proposta do Waze: "juntos, os motoristas conseguem vencer os engarrafamentos."

Leia a resenha que Mobile Time publicou sobre o Waze em fevereiro deste ano.

 

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