Depois dos aplicativos para smartphones e tablets, o próximo boom no mercado de programação será o desenvolvimento de aplicações de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), especialmente aquelas embarcadas nas próprias máquinas, como geladeiras, automóveis, postes de iluminação pública etc. É o que espera a Progress, empresa especializada na oferta de plataformas de desenvolvimento, como a Telerik, usada por 1,4 milhão de desenvolvedores no mundo para a criação de apps móveis para Android, iOS e Windows Phone.
"As verticais mais promissoras em IoT são governos, cidades inteligentes e casas conectadas", avalia Matthew Gharegozlou, vice-presidente da Progress para América Latina e Caribe. Ele aponta os mercados dos EUA, Alemanha, França, Inglaterra e Índia como os principais para essa nova leva de aplicações IoT. Na América Latina, os destaques ficam com Brasil e México. "Na América Latina temos percebido muitos projetos envolvendo governos e cidades inteligentes", disse.
Sobre a falta de padronização de linguagens e plataformas de IoT, o executivo acredita que o problema será revertido gradualmente, com a predominância de soluções abertas. Ele cita as linguagens Java e dotNet como algumas das preferidas pelos desenvolvedores no momento. Em termos de sistemas operacionais, o Android lidera em aplicações de IoT, seguido por Windows, Linux e iOS, nesta ordem.
Os wearable devices também farão parte dessa revolução de IoT. Gharegozlou reconhece que no momento eles atendem a um nicho de mercado, com produtos de consumo para heavy users de mobilidade, mas aposta em uma adoção por algumas verticais corporativas, como a de saúde.