A consolidação do mercado é vista como algo natural pela TIM, que apesar de não declarar interesse em nenhum ativo de forma concreta ainda, alega estar preparada para ser protagonista. Durante teleconferência de resultados trimestrais nesta sexta, 20, o assunto veio à tona diversas vezes nas perguntas aos executivos da empresa, ainda sob comando de Stefano De Angelis até a próxima semana, quando será substituído por Sami Foguel. O atual CEO afirmou que a ideia, há dois anos, quando assumiu o cargo, era justamente a de melhorar o balanço e entregar uma empresa forte para se preparar para a tendência.
“Indo para M&A (fusões e aquisições), sempre falamos que vemos oportunidades para consolidação no mercado brasileiro. E para participar de consolidação, orgânica ou não, tem que ter balanço forte, então tínhamos que melhorar os resultados financeiros”, declarou. De Angelis entrega a companhia a Foguel com crescimento em receita e lucro neste trimestre.
O CFO da TIM, Adrian Calaza, adicionou: “Trabalhamos no lado financeiro de qualquer forma para estar nesta posição”. Contudo, esclareceu que a movimentação vai depender se o ativo “se encaixa” na estratégia da operadora.”Vamos manter esse caminho e veremos o que acontece nos próximos dois anos, algo vai acontecer nesse período no mercado em M&A. Nossa tarefa é nos preparar”, diz.
Com os ativos à venda e também sondada pela América Móvil, a Cemig Telecom continua no radar da TIM Brasil. Porém, Calaza declara que é importante saber primeiro o quanto precisaria pagar, obviamente. “Depende em termos de preço, porque, claro, é a variável mais importante. Queremos aumentar nossa estratégia de fibra, mas dependerá do preço e se faz sentido na nossa estratégia.”
Vale lembrar que a controladora da TIM, a Telecom Italia, não necessariamente pensa que o momento é de fusões para a operadora no Brasil. Pelo menos em relação à Oi, o atual CEO da italiana, Amos Genish, já afirmou que é melhor que a tele brasileira permaneça sozinha.