O WhatsApp está preocupado com a utilização do seu serviço para a propagação de notícias falsas. Uma primeira medida tomada pela empresa recentemente foi “etiquetar” todas as mensagens encaminhadas para que as pessoas possam reconhecê-las como tais, de forma que pensem duas vezes antes de passar para frente uma mensagem cuja autoria desconhecem (leia mais aqui). Agora, a empresa anunciou que vai limitar a quantidade de encaminhamentos que uma pessoa pode fazer de uma mesma mensagem para grupos. Em caráter de teste, o limite será de 20 grupos – antes não havia limite algum. E na Índia, em particular, a empresa vai remover a funcionalidade de compartilhamento rápido de mensagens multimídia e adotará um limite ainda menor para encaminhamento: cinco grupos.

“Acreditamos que essas modificações – que continuarão sendo avaliadas – ajudarão a manter o WhatsAppp do jeito que ele foi desenhado originalmente para ser: um aplicativo de mensagens privadas”, justifica a empresa em seu blog oficial.

Coincidentemente ou não, a medida foi tomada um dia depois de o jornal The New York Times publicar uma matéria mostrando como o a propagação de notícias falsas pelo WhatsApp sobre sequestro de crianças provocou o linchamento e a morte de 24 pessoas inocentes na Índia nos últimos três meses. A Índia é o maior mercado do WhatsApp no mundo, com 200 milhões de usuários ativos mensais.

Existe também um grande temor de que o aplicativo de mensageria seja utilizado para espalhar boatos durante as eleições em países emergentes, como o Brasil, onde o app é bastante popular. De acordo com a mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel, 96% dos internautas brasileiros têm o WhatsApp instalado e 98% deles abrem o app todo dia e quase todo dia. Além disso, o brasileiro participa em média de 5,3 grupos no WhatsApp, informa a mesma pesquisa.

 

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