O Brasil registrou 1 milhão de ocorrências de roubo e furto de celular no ano passado, segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 20. A média foi de 2.737 aparelhos subtraídos diariamente, o que representa um crescimento de 16,6% em relação ao ano anterior.
O número total de ocorrências foi de 999.223, sendo 508.335 roubos e 490.888 furtos. Dentre todos os estados brasileiros, São Paulo ficou em primeiro lugar em números absolutos, registrando mais de 346 mil celulares roubados ou furtados, o que representa, aproximadamente, 34% do total. Em segundo e terceiro lugar ficaram os estados da Bahia e do Pará, com 83.433 e 58.662 ocorrências, respectivamente.
Em relação às regiões com maior taxa de roubo e furto por 100 mil habitantes, o Amazonas lidera, com 1.015,1 e, em seguida, vem o Distrito Federal, com 1.008,3. Em terceiro lugar, São Paulo aparece com 780,1. Os maiores crescimentos em comparação com o ano anterior ocorreram na Bahia (+70,5%) e no Rio de Janeiro (+58,6%).
Entre 2018 e 2022, foram registrados 4.726.913 ocorrências de celulares roubados ou furtados no Brasil. O pior ano foi 2019, com 1.053.433 registros. Durante a pandemia o problema diminuiu, com cerca de 800 mil casos por ano em 2020 e 2021. De acordo com a pesquisa, estes números, com um total menor em relação aos outros, são resultados das medidas de isolamento social.
O anuário alerta para a tendência de crescimento de outros crimes a partir do roubo/furto de celulares, como o estelionato e/ou o golpe virtual.