Aplicativos de chamada de táxi não faltam no Rio de Janeiro e em São Paulo e a impressão é de que o mercado está saturado. Mas não é o caso para a Gaudium, desenvolvedora de aplicativos móveis, que lançou o serviço business-to-business (B2B) Taxi Machine para a criação de aplicativos no setor nesta semana.
“Participamos do cenário de aplicativos de táxi no ano passado, quando desenvolvemos o ResolveAÍ (app de chamada de táxi) como um serviço. Começamos a receber demanda de cooperativas, start-ups, entre outras, para desenvolver um serviço customizado. O problema era que o preço assustava, pois não é um serviço barato”, conta Bruno Muniz, sócio-executivo da Gaudium. Surgiu assim a ideia do Taxi Machine, que visa dar acesso a mais players que querem lançar sua soluções próprias nesse mercado.
A Gaudium oferece pacotes que incluem aplicativos para os passageiros e taxistas e um painel de controle na nuvem, que permite que as empresas não precisem gastar com suporte técnico, atualização da tecnologia e servidores. O modelo de Software as a Service (SaaS) cobra do cliente uma taxa inicial de desenvolvimento e mensalidades. Os planos variam de acordo com o perfil do cliente – start-up, cooperativa, associação, integrador – e de acordo com o número limite de taxistas cadastrados. O plano mais caro, no modelo white label, tem taxa de setup de R$ 4.999 e mensalidade de R$ 7.499. Para uma start-up, o valor da implantação é o mesmo, mas a mensalidade cai para R$ 999.
Os aplicativos já são pré-modelados e recebem as customizações de cada cliente. Um dos destaques é o painel de controle na nuvem, que permite que as empresas vejam as corridas em andamento, quais foram canceladas, destinos mais comuns, quantas corridas foram feitas e controle os cadastros dos taxistas e passageiros. “Estamos pensando em implementar uma ferramenta para detectar fraudes nos vouchers usados pelos funcionários de empresas, por exemplo”, planeja Muniz. Os aplicativos para os passageiros vêm disponíveis para iOS e Android, em inglês, português ou espanhol, e possuem recursos de calculador de tarifas, ranking e marcação de taxistas favoritos e filtros na hora de chamar o táxi. “O passageiro pode solicitar restrições, como táxis que só aceitem cartões de crédito, que transportam animais ou que estejam adaptados para necessidades especiais”, diz Muniz.
Em breve, o Taxi Machine deve lançar aplicativos para dois clientes no Rio de Janeiro e em Niterói. A ideia é atender cidades menores ou regiões em que os aplicativos maiores ainda não chegaram. “Concordo que existem muitos aplicativos de táxi, mas não acredito que o mercado esteja saturado, porque a quantidade de passageiros nos sistemas é muito grande e vão vir muito mais. O passageiro terá a amplitude de escolher o app que preferir”, afirma Muniz.