O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que sua gestão fez questão de “poupar o 5G das discussões geopolíticas mundiais”, lembrando que Estados Unidos e China não participarão do leilão. “Estes países vão entrar na disputa depois do leilão, vão conversar com as empresas ganhadoras, e fazer suas propostas”, disse, durante o painel online “Melhores e Maiores”, da revista Exame, nesta quarta-feira, 20. “Tentamos preservar o Brasil deste debate, caso contrário não teríamos leilão, iríamos parar no STF”, completou.

Faria reforçou sua tentativa de despolitizar o certame, marcado para o próximo dia 4 de novembro, ao explicar que os dois países são importantes nas relações com o Brasil. “A China é nosso maior parceiro comercial, principalmente do agronegócio. E queremos ampliar nossa relação com os Estados Unidos, temos aumentado essa interlocução. Nosso interesse não é no Biden ou no Trump e sim nos americanos”, apaziguou o ministro, apesar das duras críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seus filhos ao governo chinês e à eleição do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

O ministro pontuou ainda que deve fazer uma nova viagem no próximo dia 10, desta vez para Glasgow, no Reino Unido, para falar do 5G e de oportunidades no Brasil. “Fiz propaganda do leilão no mundo inteiro. Fui pra mais de 10 países, mostramos o que existe por trás dessa guerra política, o que acontece por trás desse espelho”.

 

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