A América Latina foi a região em que a Nokia mais cresceu no terceiro trimestre de 2022: a receita líquida aumentou 20% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 334 milhões de euros (US$ 326 milhões). De acordo com relatório financeiro divulgado nesta quinta-feira, 20, o incremento foi puxado por redes móveis e infraestrutura de rede, particularmente redes fixas.
Após um começo de ano ruim na região, com queda na receita, os números representam uma estabilidade na retomada da performance positiva. Outras regiões também tiveram bons resultados. América do Norte (+10%), grande China (+9%), Oriente Médio e África (+6%), e Europa (+2%) cresceram nas vendas. Por outro lado, Índia (-1%) e Ásia Pacífico (-5%) sofreram queda.
Quando considerado o valor total de receita, houve um aumento de 6% em relação ao terceiro trimestre de 2021, totalizando 6,2 bilhões de euros (US$ 6 bilhões).
A receita com redes móveis cresceu 5% (2,2 bilhões de euros, US$ 2,1 bilhões). Nuvem e serviços de rede, por outro lado, diminuíram 3% (801 milhões de euros, US$ 783 milhões), por um rebalanceamento do portfólio pelo qual a companhia passa. A vertical Nokia Technologies foi a que mais sofreu impacto, com queda de 19% na receita (305 milhões de euros, US$ 298 milhões), por conta de licenças vencidas que ainda estão com renovação pendente. Este recuo foi responsável pelo aumento de receita aquém do esperado.
Dividida pelos tipos de clientes, a receita das vendas para operadores aumentou 6% no período (5,1 bilhões de euros, US$ 5 bilhões). A divisão para empresas vive um bom momento, com crescimento de 22% (485 milhões de euros, US$ 474,5 milhões), puxado pela adição de novos clientes de redes privativas. Este é o tipo de cliente que mais deve crescer futuramente, de acordo com o balanço.
“À medida que começamos a olhar para além de 2022, reconhecemos a crescente incerteza macro e geopolítica em que operamos. Considerando nosso recente sucesso em novos negócios de 5G em regiões como a Índia, que devem crescer fortemente em 2023, acreditamos que estamos firmemente no caminho para atingir nossas metas de margem de longo prazo”, disse Pekka Lundmark, CEO e presidente da Nokia, no documento.
Assim como no segundo trimestre de 2022, neste terceiro houve crescimento no lucro operacional comparável, de 4%, totalizando 658 milhões de euros (US$ 643,8 milhões). A margem operacional recuou de 11,7% para 10,5%.