A Anatel e a AGU, como já havia antecipado este noticiário, votaram contra e foram praticamente os únicos credores a se opor ao plano. Como esse cenário estava previsto pela empresa, o plano foi mudado e a Anatel, na prática, entrou na vala comum dos demais credores, nas mesmas condições de todos que votaram contra. Na prática, o governo sai pior do que ficaria se tivesse votado a favor do plano, pois receberia em condições melhores no plano original. Já o BNDES votou favoravelmente ao plano, o que foi determinante para o sucesso da aprovação do plano. O BNDES, por ser credor único em sua classe, tinha na prática poder de veto a qualquer plano. Os bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa) também votaram a favor e terão o tratamento previsto no plano de recuperação.

Agora a Oi inicia a segunda etapa do seu plano, que é conseguir vencer as inevitáveis batalhas judiciais contra os credores insatisfeitos (inclusive governo), acionistas, aprovar o plano em segunda instância e, sobretudo, chegar ao momento de capitalização, cuja data limite agora está definida em 28/2/19. Esse processo será essencial para a empresa pois os recursos previstos na capitalização é que garantirão o colchão de novos investimentos para a Oi.

Os percentuais de aprovação foram:

Classe 1 – 100%
Classe 2 – 100%
Classe 3 – 99,56% – por cabeça
Classe 3 quirografarios – 72,17% por valor
Classe 4 – 99,8%

Eurico Teles, presidente da Oi, comemorou: “Quero agradecer a todos os presentes, que puseram a Oi no lugar que merece, no lugar dela”.E concluiu: “A Oi somos nós. E nós somos a Oi. Faremos todo o posível para honrar a confiança que os credores depositaram em nossa equipe.”

 

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