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As soluções de pagamentos instantâneos têm a possibilidade de não serem o único foco do laboratório de inovação financeira e tecnológica (Lift) do Banco Central (BC) em 2020. Segundo André Siqueira, líder do Lift, e Rafael Sarres, analista de TI e especialista em blockchain do BC, as ações específicas da próxima edição do programa de inovação não estão totalmente definidas.

“É natural que esses temas (pagamentos instantâneos e open banking) tenham um interesse, mas não estão totalmente definidos. Provavelmente haverá sinergia. Abriremos (as linhas de trabalho) em fevereiro. Mas podem não ser os únicos”, disse Siqueira em conversa telefônica nesta quarta-feira, 18.

Até o momento, o que está confirmado para 2020 é o lançamento do Lift em fevereiro e de seu edital em março; a apresentação da revista com os protótipos das startups de 2019 e artigos, também em março; o Lift Day, encontro do programa de inovação (março), na sede do BC; e o Lift Learning, uma versão do Lift que chegará às universidades, cuja ideia é atrair a academia para colaborar na resolução de problemas do sistema financeiro nacional.

Parceiros

A partir de janeiro do ano que vem, os analistas revelaram que o Lift estará aberto para receber novos parceiros de tecnologia. Atualmente, o programa de inovação conta com Microsoft, IBM, R3, Oracle, AWS, Multiledgers e Cielo, além da Fenasbac.

Para entrar no programa, as companhias devem ofertar uma carta de serviços ao ecossistema do Lift. BC e Fenabrasc farão a análise do documento para considerar possíveis sinergias com o programa. Dentro dos programas, essas grandes empresas se relacionam com as startups por meio de mentoria e da oferta de serviços. Vale falar que são as startups que escolhem as empresas que desejam se relacionar.

Sarres e Siqueira confirmaram que as grandes empresas que participaram do Lift 2019 manifestaram o interesse de continuar na iniciativa do BC em 2020.

Lift 2019

Ao resumir a edição 2019 do Lift, que teve 20 startups participantes, Siqueira, do BC, explicou que viu mais maturidade nas novas entrantes, assim como a relação delas com as grandes companhias.

“Teve um aumento de maturidade na proposição de projetos, comparados à primeira edição do Lift. Esses projetos são bastante promissores com boa proposição de valor. Eles exploram aspectos que poderão ser aplicados. E tivemos a participação ativa dos apoiadores”, disse o líder de inovação.

Outro ponto abordado na conversa foi o fato de que três das 20 startups não entregaram um protótipo. Siqueira explicou que elas não cumpriram etapas de entrega pela meta do programa, por isso foram cortadas. Questionado se elas poderiam voltar na próxima edição, ele disse que não, pois é preciso dar espaço a outras.

 

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