O Banco Central do Brasil comunicou nesta sexta-feira, 21, que dados vinculados a 160.147 chaves Pix, sob responsabilidade do Acesso Bank foram vazados. “Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, afirmou o BC, em nota.
De acordo com a autarquia, o motivo do vazamento foram falhas pontuais no sistema do Acesso Bank. O BC disse ainda que está apurando o caso e que aplicará medidas de sanções que estão previstas na regulação atual do Pix.
O Acesso Bank informou, em nota, que os usuários afetados pelo vazamento dos dados serão comunicados diretamente pelas instituições em que a chave Pix está registrada. “Reforçamos que tomamos, de forma tempestiva, todas as providências necessárias para garantir a segurança das informações mantidas pela companhia e o nosso compromisso em manter o mercado e nossos parceiros informados”.
O Méliuz, que adquiriu a fintech em maio do ano passado, informou que “suas operações não foram afetadas pelo ocorrido e seguem normalmente”.
“Nem todas as novas fintechs que estão surgindo estão investindo em segurança da informação adequada, isso é preocupante. E existem também bancos mais antigos que não aderem a soluções modernas de segurança. É importante lembrar que o Open Finance está chegando e isso vai acontecer outras vezes”, comentou Dyogo Junqueira, VP de Vendas e Marketing da ACSoftware.
“Nenhum sistema informático é 100% seguro e não bastam leis para resolver os problemas atuais. Por isso, medidas preventivas e de monitoramento são importantes para garantir a eficácia e confiabilidade dos meios de pagamento ao longo do tempo”, completou o advogado Adriano Mendes, do Assis e Mendes Advogados.