69% dos lares brasileiros possuem acesso à Internet. São 48,1 milhões sobre um total de 69,3 milhões de residências. Os números se referem ao quarto trimestre de 2016 e foram coletados pela pesquisa PNAD Contínua, do IBGE, e divulgados nesta quarta-feira, 21. É a primeira vez que a PNAD Contínua divulga dados específicos sobre o uso de tecnologia da informação. Anteriormente esse assunto era tratado na PNAD Anual, que foi descontinuada. As diferenças metodológicas entre as duas pesquisas impedem uma comparação apropriada. Os dados coletados no quarto trimestre de 2017 pela PNAD Contínua, por sua vez, só serão divulgados em meados deste ano.
Como era de se esperar, o acesso à Internet é mais comum em residências urbanas (75%) do que em rurais (33,6%). Os lares do Sudeste são aqueles com a maior penetração de acesso à Internet (76,7%) enquanto no Nordeste apenas 56,6% estão conectados.
O telefone celular exerce um papel fundamental na conexão à Internet nas casas brasileiras. Dentre aquelas com acesso, 97,2% o fazem por meio de telefones celulares; 57,8%, via microcomputadores; e 17,8%, através de tablets. Há casas com dois ou mais tipos de aparelho que acessam a Internet. O acesso móvel é o campeão em todas as regiões.
Nota-se uma diferença regional gritante quando se trata de acesso através de microcomputadores, que registra alta incidência no Sul (66,5%) e no Sudeste (63,9%) e baixa no Norte (34,4%) e no Nordeste (45,9%). “As diferenças regionais foram o que mais chamou a atenção na pesquisa”, reconhece Maria Lucia Vieira, gerente da PNAD Contínua, no IBGE.
Ainda de acordo com a pesquisa, 45,% dos lares brasileiros, ou 31,4 milhões, contam com um microcomputador. E 15,1%, ou 10,5 milhões, têm tablets.