O Brasil representa um campo fértil para o crescimento de soluções de mPOS, que transformam smartphones em máquinas para recebimento de pagamentos com cartão de crédito, acoplando um leitor de cartões. Uma dessas soluções foi desenvolvida pela Akatus e está nas mãos de mais de 10 mil pessoas, com apenas um ano e meio de operação. A previsão da companhia é que essa base cresça seis vezes até o fim do ano, alcançando 60 mil usuários, revela seu diretor comercial, Luis Pelizon.

O segmento que aderiu mais fortemente à solução da Akatus até o momento é o de taxistas: 2,5 mil deles usam o serviço no Brasil. Muitos são ligados a cooperativas, que às vezes fazem uma negociação coletiva para a compra dos leitores. E 35% são motoristas autônomos. Desse total de taxistas, 40% são do Rio de Janeiro, onde diversas cooperativas aderiram, como a BarraTown e a CoopaTaxi. Somente nesta última são 300 veículos equipados com o leitor da Akatus. Na CoopaTaxi, hoje as corridas com cartão de crédito já respondem por 20% do faturamento mensal.

A Akatus não cobra mensalidade, o que é um diferencial em relação a redes de adquirência tradicionais, como Cielo e Redecard. A empresa cobra uma taxa percentual por transação realizada, que varia de acordo com o prazo de liquidação, acrescida de uma taxa fixa de R$ 0,39. Para recebimento em 14 dias, o taxista paga 4,99%. Em 30 dias, 3,99%. Existe a opção de liquidação em dois dias, mas neste caso a taxa é negociada caso a caso com cada taxista. O leitor é vendido por um parceiro de hardware da Akatus por 12 parcerlas de R$ 9,90.
Está nos planos da empresa lançar uma versão da solução com um leitor de chip e senha. Além disso, o app ganhará uma versão para Windows Phone. Hoje, está disponível apenas para Android e iOS.

Consolidação

Nos últimos dois anos, diversas soluções de mPOS nasceram ou aportaram no Brasil, incluindo as estrangeiras iZettle e SumUp. Pelizon concorda que haverá um processo de consolidação no futuro, mas somente quando a taxa de penetração desse serviço atingir entre 10% e 15% do mercado. "Haverá um movimento natural de concentração. Estamos olhando isso de perto, estudando nossos concorrentes", diz o executivo.

 

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