O SindimotoSP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo) anunciou nesta sexta-feira,21, que realizará manifestações e paralisações nos dias 31 de março e 1º de abril. O protesto reivindica melhores condições de trabalho para os entregadores e tem como alvo os principais tomadores de serviço do iFood e outras empresas do setor de delivery.
As demandas são o estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10,00 por corrida, o reajuste no valor pago por quilômetro rodado, passando de R$ 1,50 para R$ 2,50, a limitação de 3 km para entregas realizadas por bicicleta e a garantia de pagamento integral dos pedidos em entregas agrupadas.
O sindicato alega que já são 11 anos em que os entregadores enfrentam ausência de reajustes e condições precárias de trabalho, além do descumprimento de legislações que regulamentam o setor, como as Leis Federais 12.009, 12.997 e 12.436. Para o SindimotoSP, a falta de regulamentação adequada e de fiscalização tem levado à precarização do trabalho, colocando em risco a segurança e o sustento dos profissionais.
A entidade também critica a falta de ações do governo federal para regulamentar a atividade dos entregadores e garantir direitos básicos à categoria. O principal argumento é de que, apesar de compromissos anteriores do governo, as empresas de aplicativos seguem ditando regras sem a intervenção do Ministério do Trabalho.
A paralisação batizada de Breque Geral tem como principal objetivo chamar a atenção dos órgãos públicos e da sociedade para as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores do setor e é uma tentativa de pressionar tanto as empresas quanto o governo para que medidas sejam tomadas em favor dos entregadores.