Provedores de Internet de pequeno porte do Rio Grande do Sul levaram ao governo federal uma série de demandas para ajudar na recuperação de suas operações, que foram drasticamente impactadas pelas enchentes no Sul. Representantes de sete associações de Internet e telecomunicações se reuniram nesta terça-feira, 21, em Brasília, com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e com o superintendente de controle de obrigações da Anatel, Gustavo Borges. Participaram do encontro executivos da Abrint, InternetSul, Abramulti, Redetelesul, Associação NEO, Pronet, Aspro e Telcomp.

As demandas do setor são as seguintes:

. Alguma forma de desoneração para as empresas, similar ao que ocorreu durante a pandemia

. Ajuda com a folha de pagamento, incluindo suspensão de contratos de trabalho, entre outras medidas

. Financiamentos com juros simbólicos, período de carência e prazo longo para pagamento

. Barreiras para evitar que outras empresas avancem sobre as áreas das prestadoras de pequeno porte atingidas e que estão passando por momentos de fragilidade, garantindo que a ajuda e os recursos sejam destinados exclusivamente à reconstrução e recuperação das empresas afetadas

. Atenção total para que todos os recursos cheguem principalmente às micro e pequenas empresas que não têm condições de acesso direto ao FUST e às políticas de desoneração

. Reconhecimento público da importância do setor na conexão do Rio Grande do Sul e de todo Brasil de forma mais enfática pelo Ministério

Dos 460 provedores de Internet do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes, 445 são de pequeno porte, com menos de 5 mil assinantes, o que faz com que não possam recorrer a recursos do Fust. Muitos perderam 100% das suas redes com as inundações. Os que seguiram operando precisaram de apoio dos próprios concorrentes, interligando suas fibras e recebendo doações de equipamentos, como descrito pelo presidente da Abrint a Mobile Time na última segunda-feira, 20.

Foto principal: Representantes de sete associações de TIC se reuniram em Brasília com Minicom e Anatel (Crédito: Divulgação)