O setor de tecnologia da informação (TI) cunhou alguns anos atrás a sigla SaaS (software as a service) para descrever um modelo de negócios em que o software é vendido como serviço, o que gera uma receita recorrente para o desenvolvedor e barateia o seu uso para os clientes corporativos. Essa tendência chegou agora ao mercado de mobilidade, que tomo a liberdade de batizar como AaaS (App as a service).
Era esperado que isso acontecesse, diante do alto custo para a produção de aplicativos móveis. O preço cobrado por desenvolvedores de renome no mercado nacional gira em torno de R$ 40 mil, podendo chegar a R$ 100 mil, dependendo do grau de complexidade do aplicativo. São cifras acessíveis apenas para grandes marcas, justamente as primeiras a fazerem questão de ter uma presença móvel.
Só que há uma infinidade de pequenas e médias empresas que também estão interessadas em fazer parte do mundo móvel para se comunicar com seus clientes. É pensando neles que alguns desenvolvedores nacionais decidiram criar templates básicos para a produção de apps de acordo com verticais de negócios pré-definidas e cobrar como serviço. É o caso da gaúcha Queen Mob e da brasiliense Instapps, noticiados recentemente por MOBILE TIME.
Pessoas físicas também podem entrar nesse jogo, através de plataformas de construção de apps pela web, sem necessidade de conhecimento de programação. A oferta mais conhecida no Brasil é a Universo.mobi, agora rebatizada como Fábrica de Aplicativos, que está disponível de graça, mas inclui banners com propaganda. Se quiser retirar a publicidade, a mensalidade custa apenas R$ 9. A plataforma ganhou esta semana uma outra concorrente brasileira, a DIYmoob, da alagoana Ilhasoft, que também oferece uso gratuito em troca de inclusão de publicidade nos apps gerados. E não faltam opções internacionais, como iBuildApp, AppMachine e Mobile Roadie.
Não tem mais desculpa: qualquer um pode fazer por conta própria ou contratar como serviço a preços acessíveis o seu aplicativo móvel. O AaaS veio para ficar. Quem quiser conhecer mais sobre essa tendência, vale a leitura de matéria sobre o tema publicada na edição de junho da revisa TELETIME, da Converge Comunicações, mesma editora responsável por MOBILE TIME.