As operadoras de telefonia móvel poderiam atuar mais como parceiras de aplicativos para explorar oportunidades de negócios, acredita Tallis Gomes, CEO da Easy Taxi, empresa do aplicativo de chamada de táxi.

“Acho que as operadoras têm que valorizar mais os apps. Temos na nossa base 25 mil taxistas no Brasil. Ou seja: são 25 mil possíveis planos de dados. Elas poderiam ofertar pacotes de planos de dados e celulares, por exemplo”, diz  Gomes, em palestra durante o evento Fórum Mobile Apps. Ele acredita que essa seria uma boa estratégia para as teles e disse que já tentou fechar acordos desse tipo com operadoras, mas nunca conseguiu por conta de barreiras burocráticas. A empresa visa alcançar 80 mil taxistas no País até o fim de 2014 e quer viabilizar o aplicativo no mundo todo.

De acordo com Cássio Spina, fundador da Anjos do Brasil, organização que incentiva os investimentos-anjos no País, as operadoras podem enxergar oportunidades além de serviços de voz e dados. “Acredito que as operadoras têm grandes oportunidades, mas ainda não conseguiram achar uma maneira de atender nichos. Se elas focarem apenas em voz e dados, terão uma margem pífia de receita. Elas têm que pensar como uma start-up, ir além”, opina.

Wesley Schwab, gerente do centro de inovação da Telefônica/Vivo, afirma que as operadoras, de modo geral, estão prestando mais atenção a outras áreas, enquanto antes só olhavam para a conectividade. “O desafio está em casar a velocidade de uma start-up com a velocidade do mundo de telecom, porque elas são muito diferentes, por conta de regulação, infraestrutura, e uma série de outros motivos”, pondera.

 

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