O tráfego móvel da Claro está aumentando 80% ano a ano. Para dar conta dessa demanda e acompanhar a evolução tecnológica da telefonia celular, que agora entra em sua quinta geração, a operadora precisa de capacidade de investimento e escala. O CEO da Claro, Paulo Cesar Teixeira, usou esses argumentos durante sua palestra no Painel Telebrasil, nesta terça-feira, 21, para explicar que a compra da Oi será benéfica para os assinantes dessa operadora. Ele usou como exemplo a aquisição da Nextel, operadora que tinha uma atuação relevante no Rio de Janeiro e São Paulo, mas cuja capacidade de investimento era limitada. Com a migração para a Claro, esses usuários passaram a ter uma experiência melhor, em uma rede com performance superior, afirmou.
A chegada do 5G deverá impactar ainda mais o tráfego nas redes móveis. “Quando muda o patamar de velocidade, as pessoas tendem a consumir mais”, disse. Ele aposta que o enchanced mobile broadband “será a grande estrela” do 5G. E lembrou: “Tivemos um boom das redes moveis durante a pandemia, porque novos hábitos foram incorporados no dia a dia.”
Concentração
Sobre a crítica de que a compra da Oi teria um efeito negativo em razão do aumento da concentração do mercado, Teixeira citou o exemplo norte-americano: “Os EUA tinham quatro operadoras, sendo duas grandes e duas médias. Agora tem três grandes”.
Cabe lembrar, contudo, que nos EUA o que aconteceu foi a fusão entre o terceiro e o quarto player, não a aquisição do quarto pelos três primeiros, como ocorre no Brasil no caso da Oi.