33 Dinheiro

Ilustração: Cecília Marins

O Banco do Brasil está disposto a investir em startups que atuam fora do setor bancário, mas que podem se beneficiar do alcance de distribuição da instituição financeira. Trata-se de uma estratégia chamada de “beyond banking”, e que se assemelha àquela adotada por operadoras de telecomunicações como TIM e Vivo, que vêm investindo em empresas de setores que não o de telecomunicações, como saúde, educação, segurança e finanças.

“Os bancos têm um atributo diferente que é a credibilidade e a segurança, o que favorece o modelo de negócios tipo ‘plataforma’, no qual nós ofertamos produtos de terceiros. O cliente acessa o app do seu banco com recorrência, e nós conhecemos seu histórico financeiro. Garantimos um ambiente seguro para concluir uma transação. É o ‘beyond banking”, explica Pedro Bramont, diretor de negócios digitais e open finance do Banco do Brasil, em conversa com Mobile Time.

O Banco do Brasil criou em janeiro um fundo de corporate venture capital para realizar investimentos em startups, seguindo essa estratégia de “beyond banking”. De lá para cá, mais de 300 startups foram analisadas. A ideia é investir em três ou quatro até o final do ano, revela Bramont. “Somos bastante seletivos”, reconhece. 

A primeira startup a receber investimento do fundo foi anunciada recentemente: o Yours Bank, uma plataforma de inteligência financeira para famílias. A próxima contemplada será revelada em breve e será no mercado de investimento, adianta o diretor.

“Investimos em seed e série A e focamos em startups que já tenham demonstrado product market fit e que estejam gerando receita. Não investimos em ideias. O grau de participação acionária varia entre 10% e 25%. Depois podemos aumentar um pouco, mas sempre preservando a independência da startup e seu vigor, para que o empreendedor siga engajado”, diz Bramont.

Paralelamente à estratégia de corporate venture capital, o Banco do Brasil inaugurou este ano um laboratório de experimentação de novas tecnologias. Batizado de Lentes BB, suas prioridades este ano são as áreas de campo inteligente; inteligência artificial e derivadas; blockchain; 5G e IoT.

 

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