A israelense BioCatch já identificou mais de 250 milhões de pessoas diferentes com sua solução de biometria comportamental, que hoje é utilizada em apps e sites de mais de 100 bancos ao redor do mundo, informa seu country manager no Brasil, Arnaldo Thomaz Neto, em conversa com Mobile Time. Sua tecnologia analisa cerca de 6 bilhões de transações por mês. Em 11 anos de operação, mais de 3,5 bilhões de tentativas de fraude foram identificadas com a sua solução.

A biometria comportamental consiste em analisar uma série de dados sobre como uma pessoa se comporta durante a utilização de um dispositivo eletrônico, como um smartphone, e enquanto navega por um app ou site. No caso da BioCatch, são 2 mil indicadores avaliados. A análise elabora uma espécie de identidade digital de cada pessoa.

“O padrão de digitação; a pressão que a pessoa dá na tela do smartphone; sua hesitação ao digitar; se usa o telefone na orelha, ou se abaixa: tudo isso é captado. A gente vai identificando características únicas para cada perfil. Através de machine learning, quanto mais o indivíduo utiliza (o app com o SDK da BioCatch), mais eu vou aprendendo sobre o perfil que ele mantém ao transacionar”, explica Thomaz Neto. E acrescenta: “é praticamente impossível ter duplicidade.”

Cada análise dura 200 milissegundos e gera um score de risco para a transação. Os dados da biometria comportamental também podem ser cruzados com aqueles sobre o dispositivo em si, o chamado “device fingerprint”, o que amplia a segurança.

As empresas que adotam a solução precisam incluir o SDK em seus apps. A BioCatch aloca cientistas de dados para customizar a solução para cada cliente. A acurácia varia caso a caso, mas melhora com o passar do tempo, conforme vai se conhecendo mais o comportamento da base de usuários. 

“Cada cliente tem características específicas de fraude. Um banco que só opera com crédito consignado tem fraudes diferentes de um banco de varejo, que é diferente de um banco com abertura de contas de pessoa jurídica etc”, descreve.

Brasil

A empresa está em busca de clientes no Brasil, especialmente do setor financeiro. “Estamos presentes em diversos bancos com provas de conceito. Creio que este ano teremos alguns clientes novos na carteira. A promessa para o ano que vem é gigantesca”, afirma Thomaz Neto.

 

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