Graças à tecnologia disponível, a nuvem converteu-se hoje em um cenário que nos permite inúmeras coisas. Começamos timidamente com os e-mails e fomos somando mais e mais serviços, de tal maneira que atualmente podemos usar a nuvem para quase tudo.

Precisamente, um dos processos mais interessantes que podemos fazer com a nuvem é prototipar aplicativos. Nós, que já desenvolvemos aplicativos há algum tempo, sabemos que, em meados da década de 1990, prototipar aplicativos web era algo realmente difícil, já que a necessidade de recursos era muito grande, entre servidores HTML, servidores de banco de dados, rede etc.

Entrando no novo século, a tecnologia que foi aparecendo nos ajudou cada vez mais para que pudéssemos contar com todos os serviços locais em nossa máquina, o que fez com que a prototipação se acelerasse muito. O problema é que, em muitos casos, o que conseguimos testar localmente não corresponde exatamente ao que vamos instalar depois.

É preciso que se entenda que durante o desenvolvimento de qualquer aplicativo de software devem ser realizados muitos testes, pois o ambiente de produção não é o mesmo no qual os usuários instalarão o software. Assim, é preciso fazer testes, tanto nesse ambiente de produção local primeiro, como nos ambientes de produção, antes de liberar o que foi desenvolvido.

O que acontece quando pensamos em Smart Devices? A situação é mais ou menos a mesma, já que embora possamos realizar os testes em forma local com emuladores dos distintos dispositivos, eles não refletem completamente qual será a funcionalidade real em cada sistema operativo móvel, nem como será a experiência do usuário.

Hoje, podemos aproveitar que muitas empresas disponibilizam o serviço de poder hospedar aplicativos na nuvem, em servidores com características idênticas aos que utilizaremos na produção e os mesmos gerenciadores de banco de dados, para gerar um ambiente 100% idêntico ao que teremos na produção e, nele, submeter nossos aplicativos a testes mais exaustivos a fim de evitar as enfadonhas provas de "ambiente", quando vamos levá-las à produção.

Ter o aplicativo na nuvem nos dá mobilidade e a possibilidade de incluir usuários remotos no processo de prototipação, por não ter o aplicativo na nossa máquina ou um servidor local com um acesso muito limitado. Dessa forma, conseguimos uma maior interação com o usuário final.

No caso dos Smart Devices, essa alternativa facilita ainda mais a prototipação, porque, com a nuvem, podemos realizar todos os testes nos dispositivos reais. Atualmente, a grande quantidade de dispositivos móveis que existe no mercado, com distintas características e sistemas operativos, faz com que isso seja extremamente útil para que os aplicativos cumpram 100% com a funcionalidade e com as características próprias de cada dispositivo, melhorando significativamente a experiência dos usuários.

Entre as empresas mais populares que fornecem serviços corporativos de hospedagem na nuvem estão Amazon Elastic Computer Cloud (Amazon EC2) ou Microsoft Windows Azzure. Com esse tipo de serviço, temos disponível tudo o que precisamos para realizar os testes: servidor web e servidor do banco de dados em função do serviço e configuração que desejarmos e contratarmos.

Diante da diversidade de dispositivos que encontramos no mercado, também podemos encontrar um usuário tester em um amigo que acaba de comprar seu Smart Devices de última geração de que não dispomos em nosso laboratório, ou em um que tem aquele aparelho tão antigo que já tínhamos nos esquecido de que existia, mas que ainda é válido no mercado.

Uma vez que se tem o espaço na nuvem, a única coisa que se deve fazer é publicar o aplicativo nela.  Não se pode esquecer, ao contratar o serviço, que o espaço no servidor contratado deve contar com segurança sobre os objetos e banco de dados, de modo que ninguém que não esteja autorizado por nós possa acessar nossos dados e aplicativos.

Essa é uma forma simples e de baixo custo para realizar uma prototipação 100% efetiva de nosso aplicativo.

 

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